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Saúde Anabolizantes

Esteroides anabolizantes: conheça principais efeitos colaterais

A musculação é hoje a segunda atividade física mais praticada no Brasil, segundo pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde

05/04/2023 10h16 Atualizada há 2 anos
Por: Nathy Carol Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia Metabologia - Ministério da Saúde - Endocrinologistas
Esteroides anabolizantes: conheça principais efeitos colaterais

Nos dias atuais, o culto ao corpo perfeito se tornou moda. Uma moda, que leva muitas pessoas a tomarem certos tipos de medicamentos e drogas em busca de atingir seus ideiais.

Quando as pessoas veem atletas de fisiculturismo com corpos hipertrofiados, logo surge a afirmação: "ah, mas para ficar assim, só usando 'bomba'” ou “tem que tomar uns veneninhos para ficar assim, né”? E comigo não é diferente. Poucos são os que têm coragem de perguntar, mas tenho certeza de que esse questionamento passa pela cabeça de muita gente.

Claro que as pessoas que pensam assim, provavelmente, não sabem sobre a minha rotina e disciplina com alimentação e com os treinos, sou magrinha e muito  feliz com o meu corpo. Mas também percebo, que existem muitas pessoas insatisfeitas consigo mesma, sempre fazem apontamentos negativos, não gostam disso ou daquilo, e até perguntam se existem outros caminhos para conseguir resultados mais rápidos.

Eu, respondo de imediato: é claro que sim, existe, e vem com um combo completo que provoca: acne , calvície, problemas no fígado, tumores, doenças cardiovasculares, pressão arterial, elevação do colesterol, retenção de líquido no organismo e formação de coágulos.

E mais, as mulheres tendem a ter calvície, piora da pele, mudança no timbre da voz, ganho muscular e mudanças na esfera sexual, como alteração menstrual e probabilidade de infertilidade definitiva. Os homens também tendem a ter uma piora na pele com o surgimento de espinhas, calvície, além de possíveis alterações hepáticas e intoxicação,

É brincadeira não, além da impotência sexual, infertilidade e ginecomastia, que é o aumento do volume das mamas nos homens, inclusive, a ingestão externa de testosterona inibe a produção de hormônios que estimulam o testículo. Logo, percebo, que as pessoas mudam de posicionamento, por que na vida, nada é da noite para o dia, existem caminhos a serem trilhados e com planejamento e orientação de profissionais especializados. 

A musculação é hoje a segunda atividade física mais praticada no Brasil, segundo pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. De fato, essa modalidade tem indicação para jovens, adultos e idosos, uma vez que promove uma melhora da força, da circulação e do equilíbrio. Como os músculos consomem muita energia, a prática de exercícios resistidos ainda leva a um gasto calórico e, para completar, resulta num aumento da massa muscular, também chamada de massa magra.

De olho nesse último benefício, muitos homens não se contentam com os resultados obtidos com o treinamento e recorrem a esteroides anabolizantes, que são os mais comuns, assim como ao hormônio do crescimento. Para ter uma ideia da frequência desse uso, um em cada 16 estudantes já utilizou tais substâncias, de acordo com levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Feitos a partir do hormônio testosterona, os esteroides causam, sim, hipertrofia muscular, mas trazem uma série de efeitos paradoxais, isso ocorre porque, quando recebe muita testosterona artificial, o organismo a transforma em estrogênio, um hormônio feminino, por meio de um processo denominado aromatização, capitaneado por uma enzima.

Os efeitos, porém, não se restringem aos sistemas reprodutivo e endócrino, mas se espalham pelo organismo. Os esteroides ainda provocam acne importante, calvície e problemas no fígado, inclusive tumores, assim como efeitos que favorecem doenças cardiovasculares, como aumento da pressão arterial, elevação do colesterol, retenção de líquido no organismo e formação de coágulos, sem contar ainda as alterações de comportamento, a exemplo de agressividade e alucinações.

 Já os anabolizantes à base de hormônio do crescimento (GH) sintético, também conhecidos como somatropina, produzem aumento da massa magra e queima de gordura, mas igualmente à custa de riscos relevantes. Na prática, seus efeitos vão desde o surgimento do diabetes do tipo 2 e de reações alérgicas graves até o desenvolvimento de tumores malignos, alertam os especialistas.

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