Muito comum entre praticantes de esportes, a distensão muscular é uma lesão que também pode atingir pessoas em qualquer atividade do dia a dia — seja na subida de uma escada, no esforço para levantar uma caixa ou no caminhar rumo ao trabalho.
Trata-se da famosa fisgada no músculo, a qual gera inúmeros incômodos, como dor muscular aguda, fraqueza e dificuldade para movimentar a região, o que prejudica a prática de exercícios físicos e a realização de demais tarefas da rotina.
A distensão muscular, também chamada de estiramento, é caracterizada por um grande esforço submetido ao músculo esquelético ou ao tendão — tecido responsável pela movimentação das mais diversas partes do corpo e região que faz conexão direta aos ossos —, respectivamente. Desse modo, as fibras acabam sendo rompidas, assim como os vasos sanguíneos que irrigam determinada parte do corpo humano.
Logo que é gerada, a lesão provoca uma inflamação, com migração de células sanguíneas para o local — que pode ficar dolorido, inchado, quente e até dar origem a um hematoma. Por isso, trata-se de uma situação que exige cuidados especiais para amenizar desconfortos. Apesar de ser gerada pela mesma situação, a distensão muscular pode ser de dois tipos: aguda e crônica.
A aguda é a mais frequente no dia a dia. Ela acontece quando os tendões e músculos fazem uma contração repentina, com força e intensidade. Podemos citar como exemplo as famosas contusões nas costas quando um objeto pesado é levantado de maneira brusca. O sinal da distensão é imediato, com aquela puxada no músculo que já dá o alerta sobre o problema.
Já a crônica é desenvolvida de forma lenta, como consequência de exercícios repetitivos por um longo período de tempo, principalmente em atividades físicas que trabalham os mesmos músculos, como no caso da corrida e partidas de futebol.
Geralmente, quem sofre a distensão acaba percebendo que estava exagerando na quantidade de distância, velocidade ou pesos. Por isso, é fundamental destacar a importância de um profissional da área de educação física para acompanhar e orientar a prática esportiva.
Quais são os Graus de Estiramento?
Os estiramentos podem ser classificados em 3 graus diferentes.
Grau I
Mais leve, a distensão grau I é caracterizada pela ruptura de poucas fibras, abaixo de 5% do total do músculo. A dor é localizada e surge durante a contração muscular, desaparecendo quando em repouso. Os danos são mínimos e a recuperação é rápida.
Grau II
No grau II, definido como estiramento moderado, o número de fibras atingidas é maior, variando entre 5% a 50% do músculo. Os sintomas são mais fortes e a recuperação é um pouco mais lenta.
Grau III
Esse tipo de lesão é definido como a ruptura completa do músculo ou de grande parte dele (50% ou mais), o que resulta em sintomas intensos e perda da função. Em uma distensão grau III, a lesão é visível e palpável.
Quais são os Fatores de Risco?
Existem algumas condições que aumentam as chances de sofrer uma distensão muscular.
Falta de condicionamento físico
Ter um condicionamento físico ruim aumenta os riscos de lesão. Uma pessoa que começou a praticar exercícios físicos recentemente, por exemplo, tem menos técnica e pouca percepção sobre os limites do seu corpo, o que faz com que ela realize atividades muito intensas e sobrecarregue os músculos.
Idade
Pessoas mais velhas estão mais propensas ao estiramento, pois, com o avançar da idade, os músculos se tornam cada vez mais fracos devido à perda contínua de proteína e colágeno.
Aquecimento insuficiente
O aquecimento é uma etapa indispensável para preparar os músculos antes de iniciar um exercício. Caso eles estejam “frios”, as chances de estiramento se multiplicam.
Excesso de peso
A obesidade ou sobrepeso aumenta a sobrecarga nos músculos e é mais um fator de risco para o estiramento.
Fadiga muscular
Quando os músculos são submetidos a um desgaste extremo e a pessoa perde a capacidade de realizar os exercícios com perfeição — pois já está cansada e menos concentrada —, ela acaba mais exposta às lesões.
Reabilitação incompleta
Se uma pessoa sofre qualquer tipo de lesão e volta a praticar exercícios físicos sem estar completamente recuperada, o organismo não está pronto para acompanhar o ritmo de antes e acaba mais propenso a distensões.
Quais Sintomas estão presentes em uma Distensão Muscular?
Como já foi citado, o principal sintoma da distensão muscular é a dor aguda no local da lesão. Frequentemente, a fisgada é próxima de uma articulação — na junção entre músculo e tendão — e atinge principalmente a musculatura posterior, anterior e interna da coxa, assim como a panturrilha.
As dores são na forma de pontadas, que fazem com que seja difícil, até mesmo, um simples caminhar. É bem comum observar quem sofre uma distensão na perna, por exemplo, andar como se estivesse pisando em ovos nos movimentos mais básicos.
Outras evidências da lesão incluem a presença de hematoma na região, inchaço, muita fraqueza muscular, deficiência na flexibilidade e dificuldade para coordenar movimentos.
Como é feito o Tratamento?
Após sofrer uma distensão muscular, é necessário procurar o auxílio de um médico ou fisioterapeuta. No diagnóstico, o profissional vai avaliar as queixas do paciente, identificando o problema e a sua intensidade por meio de exames de ultrassonografia, radiografia, ressonância magnética ou eletromiograma.
Conhecer e tratar o estiramento precocemente é muito importante para curar o músculo e recuperar a sua função por completo. Geralmente, o próprio organismo se encarrega de reparar as fibras musculares, todavia algumas atitudes são muito importantes para acelerar o processo de recuperação, entre elas:
Essas medidas devem ser aplicadas durante as primeiras 48 horas após a distensão. Em seguida, com aval do seu médico, a recomendação é iniciar sessões de fisioterapia — que é considerado o melhor tratamento para se recuperar desse tipo de lesão.
Os exercícios aplicados ajudam a recuperar os movimentos e fortalecer a musculatura, os quais variam de acordo com a necessidade de cada paciente. A duração total do tratamento depende basicamente do grau de distensão sofrida.
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