Autismo e a epigenética

Autistas adultos apenas cresceram, não deixaram de ser autistas. Mas amadurecem, aprendem a contornar muitas das  crises e com sorte, alguns autistas como são privilegiados por nascerem em uma lar onde a família motivava e estimulava, enaltecia as habilidades e compreendia os comportamentos restritos. Além do fator genético (O autismo é genético) existe a epigenética,  essa  investiga como os estímulos ambientais podem ativar determinados genes e silenciar outros. Ela permite entender como a experiência é capaz de operar transformações profundas no organismo, mesmo que isso signifique destacar o DNA e não implique em mudar o genoma.

Isso significa que o meio cujo autista é criado influência com grande impacto seu desenvolvimento ou a sua regressão.Por exemplo: Sabe-se que autistas são impacientes e intolerantes (características dentro do espectro). Porém o autista criado em um ambiente com pessoas tolerantes e amáveis, vai ajudar com que ele não desenvolva uma intolerância muito acentuada. Logo, o autista criado em um ambiente violento irá demonstrar cada vez mais intolerância. Isso é 100% certo? Não, mas é um estudo aceito e validado, e precisamos ressaltar que o espectro ainda está sendo estudado no mundo todo.

Estudar a epigenética está fazendo uma grande reviravolta na ciência, para o bem claro. Pois hoje sabe se o porquê de uma pessoa que carrega os genes do alcoolismo não desenvolver o vício. Por exemplo, essa pessoa em questão pode ter nascido em uma região que a bebida alcoólica é proibida, e pelo fato dessa pessoa não ter uma experiência com o álcool ele pode nunca desenvolver o alcoolismo justamente pelo fator epigenético.

Dentro do autismo, existem muitas caracteristas e muitas dessas caracteristas vão se manifestar com mais ou menos intensidade pela influência do meio. Sabendo que o autismo é uma combinação de mais 100 genes (segundo pesquisas atuais) há grandes possibilidades de , por conta da epigenética muitos desses genes nunca se manifestarem.