Antes de tudo é importante ressaltar que um autista adulto, já nasceu com essa condição e por mais que tenha recebido o diagnóstico apenas na fase adulta, ele já carregava todas as características que o colocaram dentro do espectro autista.
Sendo assim, um autista adulto sempre teve prejuízos, principalmente na área comportamental/social desde muito pequeno, porque as características surgem nos primeiros anos de vida e em alguns casos, antes mesmo de completar o primeiro ano. Acontece que o estudo sobre autismo está ganhando relevância de alguns anos para cá, e na década de 80 por exemplo as crianças com comportamentos diferentes eram diagnosticadas com outros transtornos (No meu caso, com um ano de idade fui diagnosticada com o transtorno da hiperatividade, posteriormente com Tdah e apenas na fase adulta, autismo)
O mais importante desse conteúdo é o entendimento de que para uma pessoa adulta ser diagnosticada com autismo, ela precisa se enquadrar no TEA desde a sua infância. É importante listar todos os prejuízos que aparecerem ao longo dos anos, principalmente relacionados ao convívio social, hipersensibilidade dos sentidos e as estereotipias. Essas características básicas possuem suas várias vertentes, contendo muitas outras características, mas é importante partir de um ponto e esse seria o ideal .
A criança autista tem muitos problemas para se relacionar com outras, ela processa tudo de forma diferente e a conexão com as outras, pode demorar acontecer, ou nem acontecer se não houver um suporte nesse sentido. A hipersensibilidade pode trazer à tona as crises, pois barulhos irritam as pessoas sem transtorno neurológico, imagine um autista, que é sensível ao som.
É como se o cérebro não filtrasse os sons e suas intensidades, bem como a sensibilidade na pele, onde a dor e as sensações de frio e calor são 10x mais intensas que o normal. A própria iluminação de um ambiente já seria o suficiente para causar uma grande crise.
Entenda que só a hipersensibilidade por si só já é um dos maiores prejuízos dentro do espectro. É bom repetir, todas as pessoas se irritam com barulhos, mas o autista pode entrar em um colapso! E as estereotipias são na maioria das vezes incontroláveis. Ficar se balançando, se movendo, batendo as mãos, esfregando os dedos, pegando na orelha e/ou uma série de outros comportamentos repetitivos e peculiares geram um grande desconforto no adulto autista, sem falar no bullying sofrido.
Hoje os autistas nível 1 são os casos diagnosticados tardiamente justamente por precisarem de menos suporte e não terem apresentado atraso de fala , pelo contrário, em muitos casos apresentaram a fala precoce e o que parecia ser algo “incrível” apenas era uma característica visível do autismo nível 1 de suporte.
É importante buscar um profissional para fazer uma avaliação, um neuropsicólogo a princípio. Os testes são clínicos, sendo necessário sessões de terapia para que o profissional avalie suas condições e assim fechar um diagnóstico correto.
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