Cerca de 60 professores da rede pública estadual do Acre que atuam no atendimento pedagógico domiciliar em Rio Branco participaram de uma formação continuada nesta quinta, 27, no prédio do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (Naah/S).
O atendimento pedagógico domiciliar é um serviço de inclusão prestado pela Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), que permite que alunos com comorbidades ou outras condições que impeçam a frequência regular à escola recebam educação em casa, sob a orientação de um professor especializado. O profissional trabalha diretamente com o aluno para criar um plano de aprendizagem que se adapte às suas necessidades e objetivos.
Como direito garantido pelo artigo 4º-A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/1996, o benefício permite que esses estudantes tenham acesso a uma educação adequada, apesar de suas limitações físicas ou cognitivas. Atualmente, mais de 80 alunos usufruem esse direito na capital.
De acordo com a assessora pedagógica responsável pelo atendimento das classes hospitalares e domiciliares do Departamento de Educação Especial da SEE, Clarice Oliveira, o encontro foi o primeiro presencial de um curso de formação que será ministrado ao longo do ano. “Trabalhamos com materiais específicos, com planejamento e orientações diferenciadas”, explicou.
A assessora informou ainda que, para ter acesso ao serviço, os pais ou responsáveis pelo aluno devem comparecer à escola em que ele está matriculado, levando atestado médico, e fazer o pedido de atendimento. Existe também a possibilidade de atender solicitações sem atestado médico, mediante avaliação da equipe do departamento.
Para a professora Anginere Rocha, que atualmente acompanha dois estudantes em casa, o curso de formação é essencial, pois atualiza os profissionais com novas práticas pedagógicas. A educadora relatou que “cada aluno tem um perfil, por isso, tudo deve ser adaptado”.
Outra educadora que também participou da capacitação foi Aline dos Santos. Há dois anos ela atende um estudante que passa por tratamento médico que não compromete nenhuma função cognitiva ou motora.
Por conta do atendimento domiciliar, a criança tem a oportunidade de seguir a sequência pedagógica estudada na escola e, segundo a professora, está evoluindo. “A gente tem um carinho especial, porque é um trabalho único. A gente vai na casa do aluno e entra no mundo dele”, contou.
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