A partir deste ano de 2024, algumas escolas de ensino fundamental, anos finais, que trabalhavam com o ensino regular, passaram a funcionar dentro do modelo das escolas integrais. Entre as escolas-piloto desse processo está a Nanzio Magalhães, no município de Feijó.
A escola funciona com turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, anos finais, e possui, a partir deste ano letivo, em torno de 270 alunos. Antes, eram mais de 500. Eles entram às 7h e saem somente às 17h. Para a professora Renata Costa, diretora da Nanzio, a escola está em processo de adaptação.
“Temos muitos desafios. A nova escola integral mudou completamente a rotina, principalmente dos funcionários, mas os alunos gostam do sistema integral, gostam da acolhida. A gente acredita no projeto e quer que tudo dê certo. Aqui as pessoas estão se doando”, afirma.
Apesar de poucos dias de aula e de a escola ainda estar em processo de transição, ela diz que já visualiza a instituição como integral. “Os professores sentiram a mudança, mas os alunos estão interagindo. Podemos nos tornar uma referência no ensino e esperamos que dê tudo certo”, afirmou.
Quem também acredita no novo modelo de escola integral é a professora Letícia Silva, que trabalha com as turmas de 6º e 7º anos as disciplinas de língua portuguesa, oficina de leitura, estudo orientado e projeto de vida. Para ela, a escola integral mexeu com a rotina dos profissionais, sobretudo dos professores.
“Houve uma mudança completa. Agora passamos o dia inteiro na escola e, a partir das novas rotinas com as novas disciplinas, ampliamos também as nossas atividades. Tínhamos outra visão, mas agora percebemos que os alunos se tornaram protagonistas, colocam em prática seus talentos”, destacou.
Com o novo modelo de ensino, além das disciplinas obrigatórias, os alunos também passaram a formar clubinho de pinturas, de jogos, de culinária, de esportes. “Eles estão se adaptando à nova rotina”, enfatizou a professora.
A professora Marluce Barros, que trabalha religião e projeto de vida, destaca, entre os desafios do ensino integral no fundamental, a necessidade de se ter um referencial para trabalhar as sequências didáticas, sobretudo em relação às disciplinas diversificadas.
“Aqui na escola, os alunos trabalham as disciplinas obrigatórias e diversificadas tanto no período da manhã quanto no período da tarde, tudo junto e ao mesmo tempo. Eles estão gostando desse modelo integral. Os pais também aprovaram. A gente quer o melhor para eles”, disse.
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