MATERNIDADE REAL: UMA JORNADA DE DESAFIOS E DESCOBERTAS PARA TODAS AS MÃES

Maternidade real é um conceito que está ganhado força nas rodas de mães e perfis de maternidade nas redes sociais. Mas, afinal, o que seria de fato a maternidade real? Será que existe uma realidade sobre a maternidade que muitos desconhecem? Até que ponto essa tal maternidade real tem ajudado outras mães? Para início de conversa precisamos, entender a complexidade e importância do tema que vamos discorrer, que na verdade tem relação com a qualidade de vida, por meio de vias biológicas ou adotivas, sempre repleta de expectativas e sentimentos. Nesse contexto, entendemos que maternidade é um evento único na vida da mulher, que traz consigo grandes desafios, transformações e aprendizagens

Por que o seu tempo não será mais o mesmo

Milhares de mães têm compartilhado suas vivências com a maternidade alegando usar da “realidade” do que é “ser mãe” para ajudar outras mães. Mas, infelizmente, nem toda ajuda funciona. E nós mães precisamos estar atentas a isso.

Com a tentativa de auxiliar outras mães partilhando dores semelhantes, muitas vezes o termo maternidade real vem carregado de um grande peso. Por trás de textos reflexivos, fotos e vídeos engraçados, que acabam ridicularizando as lutas maternas e mostrando que odiar ser mãe é normal e até belo.

Acabam sempre tendo um mesmo discurso: que todo marido é meio ogro, burro, folgado e opressor. Palavras que considero pesadas, e que produzem sequelas irreversíveis dependendo  da situação. Precisamos nos policiar e encontrar um ponto de equilíbrio, para não ferir nosso cônjuge ou as pessoas que fazem parte do nosso convívio familiar.

Não é querendo vitimizar a situação, que considero desnecessária, já que a mãe é sempre tida como uma coitada, que nunca terá uma vida feliz cuidando dos filhos que preferiria que não existissem. É uma luta para ver quem é mais coitada e sofrida, enquanto o marido vira inimigo e os filhos ouvem que a própria mãe odeia criá-los.

O excesso de atividades que desenvolvemos, seja cuidando da casa, no trabalho, como esposa e na educação dos filhos, gera uma baita sobrecarga, que tira nosso ânimo. A vida é tão corrida, que não sobra tempo para as coisas mais simples do  dia a dia.

Sendo assim, a maternidade real acaba criando um estereótipo de maternidade:  que toda maternidade é ruim, e que toda mãe é infeliz e sofredora.

Excluem também a tal sororidade com outras mães, porque se uma mãe rica diz que está difícil, logo vem uma mãe dizer que ela não pode estar cansada já que tem dinheiro. Se uma mãe diz não ter certas dificuldades, acusam de ser uma mãe falsa querendo romantizar a maternidade.

Existe uma realidade sobre a maternidade?

A intensidade e o momento em que se vencia a maternidade normalmente estão diretamente relacionados às influências culturais do meio em que a mulher se encontra, e também de sua história pessoal e afetiva. Sendo assim, nenhuma maternidade é e deve ser igual à outra, pois cada mãe tem uma realidade, e aquilo que é vivido por uma mãe não necessariamente é preciso ser vivido por outra.

Você não precisa de maternidade real

Fuja da maternidade real e busque a maternidade possível, mães que ensinam como vencer suas batalhas e não te afundar nelas.

É verdade quando se fala que a maternidade é difícil, mas essa dificuldade não precisa ser necessariamente um momento ruim, ou o pior momento da vida de uma mulher. Existem inúmeras formas de tornar a maternidade mais leve e possível e a “maternidade real” está longe de dar essa ajuda.

Você não precisa da maternidade real que te lembre de suas dificuldades e as ridicularizem fazendo você de vítima e sofredora. Você, mãe, precisa de alguém que a ajude a vencer essas dificuldades.

Não se compare

Todas nós mães temos vidas e escolhas diferentes, e essas escolhas não precisam nos tornar infelizes. E lembre-se: todos os seres humanos enfrentam batalhas e momentos de sofrimento. O sofrimento não está destinado exclusivamente às mães.