Um total de 80 suspeitos de envolvimento na prática de crimes contra mulheres foram presos, no Amazonas, durante a operação Átria. Em 28 dias, além das prisões, as Forças de Segurança em conjunto com órgãos que compõem a Rede de Proteção às Mulheres, realizaram ações educativas e preventivas. Ao todo, mais 31 mil pessoas foram alcançadas com palestras e panfletagem, realizadas em escolas e espaços públicos.
Durante a operação, desencadeada entre o dia (02/03) a (29/09), foram realizadas mais de 2 mil diligências. Neste período, 80 prisões foram registradas e a apreensão de dois adolescentes. Deste total, 39 pessoas foram presas em flagrante; 21 suspeitos conduzidos à delegacia; e 19 tiveram mandados de prisão temporária expedidos pela justiça. No período, também foram cumpridos um mandado de prisão temporária; uma pessoa foi presa por mandado civil e menores foram apreendidos em flagrante.
A titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), delegada Débora Mafra, destacou as diligências que foram realizadas durante a operação. Conforme a autoridade policial, a integração entre os órgãos fortaleceu ainda mais a Rede de Proteção.
“O diferencial foi a união de todos os órgãos, tanto da Prefeitura quanto do Estado, fazendo uma diferença muito grande. As diligências realizadas na operação foram parecidas com a do dia a dia, porém, houve uma intensificação na divulgação da operação, além de ser feita palestras para mulheres que sofrem de violência doméstica”, enfatizou Mafra.
Outros números
Ao todo, foram registrados 1.248 Boletins de Ocorrência (BOs) e instaurados 561 inquéritos policiais. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da DECCM, concluiu, ainda, cerca de 534 inquéritos, a maioria indicando a autoria e materialidade do crime praticado contra as mulheres.
Também foram solicitadas 434 Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) e 12 medidas cautelares representadas. Além disso, 383 vítimas de violência doméstica foram submetidas e exames periciais de lesão corporal; e 122 para constatar violência sexual.
Para a comandante da Ronda Maria da Penha, major Tatiane Souza, a operação foi exitosa e reforçou que a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e a unidade comandada por ela, seguirão atuando de forma firme no combate aos crimes praticados contra as mulheres.
A comandante destaca que a Polícia Militar do Amazonas, através da Ronda Maria da Penha, intensificou o policiamento nos municípios de Manacapuru, Itacoatiara e na capital. “Foram realizadas cerca de 250 fiscalizações de medida protetiva. Dessas fiscalizações tivemos três prisões em flagrante. Foram realizadas 25 ações educativas, visitas solidárias, busca de pertença, tudo que é feito diariamente na Ronda Maria da Penha”, afirmou.
Ações educativas
Durante o período, as ações de panfletagem alcançaram mais de 12 mil amazonenses. Os órgãos envolvidos na operação também realizaram 238 palestras, com o alcance de pouco mais de 19,6 mil, o que corresponde a um público de 82 pessoas em cada evento realizado no mês de março.
As ações integradas contaram com a participação da Polícia Militar (PMAM), Polícia Civil (PC-AM) e de órgãos das esferas estadual e municipal, como a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), representantes da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), da Defensoria Pública do Amazonas (DPE), dentre outros.
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