O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), esteve reunido com representantes do Gabinete de Gestão Integrada e Fronteira Internacional (GGIF-I) nesta terça-feira, 26, no município de Brasileia. Esse foi o primeiro encontro de 2024.
O secretário adjunto de Segurança Pública do Estado do Acre, coronel Evandro Bezerra, presidiu a reunião que também contou com a participação de representantes de diversos órgãos do poder público local. O secretário explicou que “esse intercâmbio entre as forças de segurança dos países que fazem fronteira com o Acre é fundamental para uma boa atuação no combate aos crimes transfronteiriços e também para a produção integrada de conhecimento, por meio de cursos e capacitações, troca de tecnologias”.
A temática principal do encontro foi uma apresentação dos membros do GGIF-I, destacando a importância do gabinete nas questões dos tratos internacionais. Trataram também sobre a atuação do Grupo Especial de Fronteiras (Gefron) no combate ao tráfico de drogas e às organizações criminosas nas divisas das fronteiras; a respeito do fluxo migratório e do encontro trinacional Mulher e Dignidade.
O Gabinete de Gestão Integrada e Fronteira Internacional GGIF-I tem como objetivo integrar as forças de segurança pública que atuam nas regiões fronteiriças do Acre e do Departamento de Pando, na Bolívia, e tem o objetivo comum de prevenir e reprimir o narcotráfico, crimes ambientais, tráfico de pessoas, contrabando e descaminho.
“Esse é um evento importantíssimo a nível de estado e também a nível de Brasil, uma vez que o Acre é referência no tocante à integração com os países de fronteira, Peru e Bolívia, e estará sendo um plano piloto a nível nacional. Tanto o GSI quanto a Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública] do Ministério da Justiça estão vindo para acompanhar o desenvolvimento e a assinatura de um novo decreto e isso será utilizado em encontros nacionais a partir de junho, com base nesse trabalho”, destacou o delegado Rêmullo Diniz, coordenador do GGIF.
O representante do Ministério da Justiça, Alkimar Sampaio, destaca que foi criada uma coordenação específica para desenvolver e habilitar políticas públicas de segurança para os estados brasileiros: “Especificamente aqui nos estados de fronteira, ela vem com muita importância porque a questão da cooperação internacional e a integração entre os estados e os países é muito importante já que faz com que nós criemos ferramentas entre os estados para enfrentar os crimes transnacionais”.
O chefe da Polícia Regional de Madre de Dios, no Peru, general Javier Edward Infante, destaca a importância da troca sobre os crimes transfronteiriços entre os três países: Brasil, Peru e Bolívia. “Definitivamente, esse encontro resulta em uma troca de experiências muito importantes para que os cidadãos dos três países possam ter segurança e tranquilidade de ir e vir”, declara.
O comandante da Polícia do Departamento de Pando, na Bolívia, coronel Hernán Romero, explica que somente com a cooperação e a integração dos três países vão conseguir obter uma segurança aos cidadãos: “Trabalhando de forma conjunta vamos poder nos adiantar com as políticas de enfrentamento ao crime nas fronteiras, e esses eventos são fundamentais para que essas políticas sejam fortalecidas e estruturadas. Em 2023 a parceria com o Brasil resultou satisfatória, pois conseguimos capturar muitos criminosos e tirar das ruas muitos ilícitos como drogas, armas e a interceptar veículos roubados”.
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