O pequeno Davi Oliveira, estudante da Escola Ercília Feitosa Gomes, localizada no km 14 da BR 364, sentido Rondônia, está feliz porque pode voltar às aulas nesta segunda, 20, assim como os colegas da zona urbana do estado. Ao todo, 12 escolas do campo de Rio Branco também iniciam o ano letivo nesta semana.
Fazer educação nas áreas rurais do Acre, assim como em outras regiões similares da Amazônia, é um desafio. As grandes distâncias geográficas entre comunidade e escolas e a dificuldade de acesso nos primeiros meses do ano, por conta das chuvas, são alguns dos desafios encontradas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE). Por isso, a logística e o planejamento para o início do letivo nessas unidades escolares devem ser diferenciados.
Davi, por exemplo, mora no ramal Nova Baixa Verde, 16 quilômetros distante da escola. Para chegar até lá, ele depende do transporte escolar. Atualmente, a escola atende 180 estudantes que cursam os anos iniciais do ensino fundamental e 70% deles são usuários deste transporte. “Eu venho no ônibus escolar. Quando eu e meu irmão descobrimos que as aulas já iam começar, ficamos muito felizes. Estávamos com saudade da escola”, conta.
A gestora da escola, Josileia da Silva, explica que, para que a volta às aulas fosse possível, os profissionais da escola participaram de formações continuadas junto com os educadores da zona urbana. Além disso, a logística do transporte escolar e a entrega da merenda dentro do prazo facilitaram a organização. “É uma felicidade para a gente, como gestor da zona rural, iniciar junto com as [escolas] urbanas e ter a perspectiva de terminar o ano mais cedo”, celebra.
De acordo com Silvia Maciel, que trabalha na Divisão de Gestão das Escolas do Campo da SEE, a logística de formações, merenda e transporte feita para que essas escolas pudessem iniciar as aulas continua em andamento para que as demais escolas do campo do Estado já iniciem o ano letivo no dia 17 de abril. Ao todo, o Acre conta com 56 escolas do campo. “Estamos trabalhando para que o ano letivo possa ser fechado em novembro, com as escolas trabalhando no contraturno a partir de junho”, explica.
Outra escola que também está em festa com a volta às aulas é a Oscar Felício de Souza, localizada na Vila Albert Sampaio, a cerca de 11 quilômetros de Rio Branco. Ali, 118 estudantes também cursam os anos iniciais do ensino fundamental, entre eles, Caio do Nascimento que está no 4º ano. “Eu gostei de voltar às aulas porque eu gosto de brincar e de estudar matemática, não é difícil”.
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