A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), representando o governo do Acre, na companhia do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), realizou na terça-feira, 11, uma roda de conversa na Casa de Acolhida São Francisco de Assis, instituição de passagem de migrantes compartilhada pelos municípios de Brasileia e Epitaciolândia.
As equipes se reuniram com servidores que atuam diariamente na estrutura, fruto do empenho do governo do Acre com demais instituições, além de profissionais de assistência social dos municípios. A ação busca maior compreensão dos desafios enfrentados e um levantamento do perfil das pessoas que passam pelo acolhimento.
Um dos desafios se encontra na viabilidade de interiorização, estratégia de realocação de pessoas refugiadas e migrantes em outros municípios, objetivando inclusão socioeconômica e integração local. Os profissionais apontam que a maior necessidade dos acolhidos é o apoio com o transporte entre estados.
Problemas de segurança, falta de domínio da língua espanhola e questões de saúde são outras das principais dificuldades apresentadas, que serão analisadas e propostos encaminhamentos para ofertar futuras ações, tais como capacitações e operações itinerantes de saúde.
A assistente social Rozilda Borges, da prefeitura de Brasileia, acompanha de perto o acolhimento de refugiados e migrantes em Brasileia. Ela celebra a participação das instituições: “Momentos como este são de crescimento. Parcerias entre poderes e maior compreensão das pessoas de fora dos abrigos fortalecem o nosso trabalho no município”.
Maria da Luz França, chefe de Departamento de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da Seasd, destacou: “Me emociono ao ver essa luta fortificada com tantas pessoas empenhadas em evoluir o fluxo migratório. A migração está em movimento constante e devemos contribuir para uma política pública permanente”.
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