Com colaboração de Ana Thaís Cordeiro
O governo do Acre, por meio do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) e da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), promoveu nesta quarta-feira, 4, em Rio Branco, o intercâmbio internacional para compartilhamento das experiências no processo de repartição de benefícios de projetos de REDD+ Jurisdicional do Acre, Pará, Tocantins, Rondônia e da Bolívia.
O encontro reuniu gestores, técnicos e especialistas e parceiros internacionais, que também participaram do Fórum Participativo, que tratou sobre a construção da metodologia das consultas públicas para atualização da repartição de benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa), na segunda-feira, 2, e terça, 3.
O objetivo do evento foi propor a construção de soluções conjuntas entre os estados e jurisdições, com base nos desafios comuns, para alcançar um alinhamento metodológico que possa auxiliar aqueles que estão interessados na política ambiental de REDD+ Jurisdicional.
Foram realizadas mesas técnicas, em que os participantes puderam debater os desafios e as necessidades dos projetos de REDD+ em diferentes contextos.
A presidente do IMC, Jaksilande Araújo, explica que o intercâmbio propiciou uma troca de experiências entre gestores e especialistas em programas de REDD+ Jurisdicional, que irão se somar ao processo de atualização do Sisa.
“No intercâmbio foi compartilhada a experiência dos estados brasileiros e países que estiveram presentes durante o Fórum Participativo. Os técnicos puderam dialogar sobre os desafios na implementação dos programas de REDD+, especialmente sobre a elaboração da estratégia de repartição de benefícios, resultando em um produto final que será de suma importância para o desenvolvimento das escutas participativas”, enfatizou a gestora.
O analista técnico em REDD+ para América Latina do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Felipe Guntin, explica que a proposta é desenvolver soluções conjuntas para os desafios comuns enfrentados por essas jurisdições, com o objetivo de construir um alinhamento metodológico para a repartição de benefícios em projetos REDD+. As soluções propostas podem servir de base para aqueles que têm interesse em adotar ou aprimorar políticas ambientais relacionadas ao REDD+.
“É muito importante essa cooperação. Esse intercâmbio de experiências nos permite identificar pontos em comum e construir políticas ambientais integradas para a América Latina como um todo”, afirmou Guntin.
Por parte do governo do Acre, participaram também gestores e técnicos das secretarias de Estado de Planejamento (Seplan) e de Agricultura (Seagri), bem como da Ouvidoria do Sisa.
De organismos internacionais, representantes e especialistas da Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad), da Embaixada da Noruega; Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud); Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma); Environmental Defense Fund – EDF (Fundo de Defesa Ambiental), Earth Innovation Institute (EII); The Nature Conservancy Brasil (TNC); Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e também do Ministério de Meio Ambiente e Clima (MMA).
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