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Saúde Na Fundhacre

“O que mais sinto saudade é de ler”: Saúde do Acre transforma vidas ao restaurar a visão de pacientes por meio de transplante de córneas

Aos 79 anos, Rubens Alves Maia realizou nesta quinta-feira, 11, um dos maiores sonhos da sua vida: voltar a enxergar. Ele foi um dos dois pacientes...

11/04/2024 19h16
Por: Redação Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Aos 79 anos, Rubens Alves Maia realizou nesta quinta-feira, 11, um dos maiores sonhos da sua vida: voltar a enxergar. Ele foi um dos dois pacientes que receberam nesta quinta-feira, 11, novas córneas pelo programa de transplante do governo do Acre, por meio da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre).

“O que mais sinto saudade é de ler”, disse o paciente Rubens Maia. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
“O que mais sinto saudade é de ler”, disse o paciente Rubens Maia. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Considerando as duas novas cirurgias, chega a 19 o número de pessoas cujas vidas foram transformadas após transplantes de córnea em 2024 no Acre. Para ambos os pacientes, a doadora foi uma paciente de Rio Branco, que tinha 41 anos.

“Eu tinha aquela ansiedade de poder enxergar pra eu deixar de estar ‘tacando’ a cara nas paredes. Deixar de estar toda hora precisando do filho para me dar um remédio ou pra me dar até um copo d’água. Mas o que mais sinto saudade é de ler. Na minha casa, eu montei atrás uma sala de oração, um altar, e a primeira coisa que eu quero fazer depois que a minha visão voltar é ler a Bíblia”, disse o paciente Rubens Maia.

“Nem trabalho a gente pode conseguir”, lamentou Francisco Lebre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
“Nem trabalho a gente pode conseguir”, lamentou Francisco Lebre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Outro paciente que terá sua vida transformada através do transplante é Francisco da Silva Lebre, de 58 anos. Natural de Cruzeiro do Sul, ele perdeu a visão do olho direito em 2019, após um acidente de trabalho, e há quatros anos esperava pelo transplante.

“Eu estou com uma felicidade muito grande, porque vou ter minha visão de volta. Pra mim é o que eu mais queria na minha vida. [O que eu mais sinto falta] é tudo, porque é difícil para gente. Nem trabalho a gente pode conseguir. Eu procurei muito trabalho depois disso, mas sempre sou rejeitado do serviço por causa de problema da minha vista. [Receber o transplante] é uma bênção e eu fui muito bem recebido aqui na Fundação”, contou Francisco.

Ana Beatriz Souza é a atual presidente da Fundhacre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
Ana Beatriz Souza é a atual presidente da Fundhacre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

A presidente da Fundhacre, Ana Beatriz Souza, reforça a importância do trabalho promovido na Fundação. “É uma alegria muito grande podermos proporcionar essa transformação na qualidade de vida dos pacientes. Toda a equipe está empenhada em atender da melhor forma possível, e vamos continuar trabalhando para ampliar ainda mais a oferta de transplantes para a nossa população”, destacou a presidente.

A enfermeira Valéria Monteiro ao lado do paciente Rubens Maia e sua filha. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
A enfermeira Valéria Monteiro ao lado do paciente Rubens Maia e sua filha. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

A enfermeira Valéria Monteiro, que coordena a Central de Transplantes da Fundhacre, também ponderou que a proposta é expandir os serviços, alcançando cada vez mais as pessoas que necessitam. “Nós estamos muito felizes com o sucesso de mais essas duas cirurgias. Agora os pacientes só precisam ter um pouco mais de paciência e manter os cuidados em casa, pois a visão voltará gradativamente. Com esses dois pacientes, foram feitos 19 transplantes em quatro meses, o que representa um grande salto, pois foram seis transplantes de córneas no ano passado”, finalizou.

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