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Deputados cobram prioridade para agenda do envelhecimento saudável no G20

Tema foi discutido nesta terça-feira (9) em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

09/04/2024 15h29
Por: Redação Fonte: Agência Câmara
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Integrantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados cobraram do governo, nesta terça-feira (9), prioridade para a agenda do envelhecimento ativo e saudável na reunião da cúpula do G20, marcada para novembro no Rio de Janeiro, sob a presidência do Brasil.

O G20 é um fórum de cooperação econômica internacional. O grupo reúne as maiores economias do mundo e é composto por 19 países industrializados e emergentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e pela União Europeia e pela União Africana.

O deputado Luiz Couto (PT-PB) afirmou que o envelhecimento ativo e saudável pode resultar em uma redução da carga sobre o sistema de saúde, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País, uma vez que idosos ativos trabalham, consomem e desempenham papel importante na coesão social.

“Ao adotar o envelhecimento ativo e saudável como agenda prioritária no G20, os líderes globais podem demonstrar liderança e colaboração em questões de saúde e equidade, trabalhando juntos para criar um futuro mais saudável e sustentável para todas as gerações”, afirmou Luiz Couto, que foi um dos parlamentares que solicitaram a audiência pública desta terça-feira.

O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), que também pediu o debate, acrescentou que a pauta do envelhecimento saudável não é exclusiva do Brasil. Na avaliação dele, os investimentos em um bom envelhecimento devem começar cedo e abranger o tipo de alimentação e o acesso ao lazer e ao esporte desde a juventude.

Envelhecimento incluído
O envelhecimento com qualidade de vida está nas prioridades do Brasil para a cúpula do G20, conforme explicou o diplomata Felipe Hees, representante do governo para a cúpula. Ele informou que o Executivo deve receber em julho conclusões sobre o assunto que está sendo debatido por grupos de engajamento, para levá-las à reunião do Rio em novembro.

“O envelhecimento com qualidade de vida faz parte das discussões. O foco não é terceira idade, mas afeta a terceira idade. Nos grupos de trabalho e saúde, por exemplo, as discussões dizem respeito ao envelhecimento”, explicou o diplomata.

Já o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva, propôs que a reunião do G20 leve em conta a globalização e os seus efeitos nos hábitos e costumes das populações dos diferentes países.

“A gente tem que cada vez mais aprimorar as nossas ações para que as pessoas idosas possam usufruir melhor das condições de vida. Construir também linhas de cuidado a partir das particularidades dos diversos grupos”, defendeu Silva.

Orçamento
Ainda na audiência pública, o deputado Reimont (PT-RJ) cobrou mais verbas para a promoção dos direitos humanos no Brasil, o que beneficiaria o envelhecimento ativo da população. “O Estado precisa compreender que não se faz política de direitos humanos sem recursos, apenas com discursos. A gente precisa fortalecer o orçamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania”, destacou.

Entre as ações que devem ser adotadas para promover o desenvolvimento saudável, a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Ligia Gualberto, citou o acesso aos serviços de saúde ao longo de toda a vida, a promoção de estilos de vida saudáveis, a prevenção de quedas e acidentes, a proteção social e a educação.

As ações já em curso incluem a articulação de estados e municípios, o fortalecimento da atenção primária à saúde e a atualização da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, que é de 2006.

O último Censo, em 2022, mostrou que a população idosa no Brasil é de 32,1 milhões de pessoas, o que equivale a mais de 15% da população.

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