Gerar emprego e renda são prioridades do governo do Estado, e investir na educação profissional de estudantes do ensino médio demonstrou ser uma estratégia eficiente para alcançar esses objetivos. Um exemplo é a história do jovem Carlos Muniz que, após concluir curso técnico pelo Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), conquistou seu primeiro emprego.
Carlos Manoel Muniz tem 18 anos e vive no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco, onde mora com a mãe e dois irmãos. O jovem se formou no ensino médio em janeiro de 2024, na Escola Pública Estadual Ester Maia de Oliveira, e, simultaneamente, finalizou o Curso Técnico em Confeitaria pelo Ieptec.
O curso concluído por Carlos faz parte do Itinerário de Formação Técnica e Profissional (IFTP), que trata da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no ensino médio. Desta forma, qualificações do IFTP possibilitam aos jovens desenvolverem habilidades e competências para o mundo do trabalho enquanto ainda estão na escola.
Por meio das suas unidades, entre elas a Escola de Gastronomia e Hospitalidade Miriam Assis Felício, onde Carlos estudou, o Ieptec executa o itinerário em cerca de 50 escolas da rede pública estadual de ensino. Com a modalidade, o instituto está presente em 20 municípios acreanos, e operando, simultaneamente, mais de 30 formações articuladas em conjunto com a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE).
Por meio do IFTP, o Ieptec apresenta aos estudantes um extenso catálogo de cursos técnicos, entre eles a opção escolhida por Carlos, Confeitaria, que é uma das mais procuradas pelos alunos. Também oferta cursos de qualificação profissional de curta duração, que abrangem diferentes trilhas, como saúde, produção cultural, logística, construção civil, paisagismo, veterinária, rádio e televisão.
Com o IFTP, o Ieptec dispõe uma educação de qualidade ao público estudantil e aproxima a educação à realidade do aluno. O IFTP também possibilita que as equipes pedagógicas façam uso de ferramentas que ampliam o conhecimento inerente à profissão, como é o caso das atividades extracurriculares que influenciam no aprofundamento e aprimoramento profissional do estudante.
Dentre as atividades complementares à formação, Carlos fez o Curso Pós-Técnico em Sobremesas Empratadas, que promoveu o aperfeiçoamento do saber que o jovem confeiteiro havia adquirido em sala de aula.
No final de dezembro de 2023, a Escola de Gastronomia organizou o seu 1º Concurso Gastronômico Estudantil, voltado às turmas que estavam finalizando os estudos. Foram formadas duplas que competiram entre si, e Carlos e seu parceiro conquistaram o primeiro lugar. “Foi muito legal participar e muito gratificante ganhar. Recebi elogios e também críticas construtivas para melhorar ainda mais”, disse o veterano do curso, à época.
Para a coordenadora da Escola de Gastronomia, Marineide Diógenes, “outros concursos gastronômicos acontecerão, e o intuito é fazer com que os alunos desenvolvam atividades específicas às profissões que escolheram, fixando melhor os conteúdos ministrados em sala de aula”. A gestora ainda falou sobre o resultado da atividade na vida de Carlos: “Além do rico aprendizado que a competição proporcionou, ainda ajudou um dos nossos alunos a conquistar um emprego. Isso não tem preço, faz valer mais ainda o esforço da nossa equipe em executar ações como essa”.
Para avaliar as receitas dos participantes da disputa no dia da prova final, foram convidadas autoridades locais no ramo gastronômico, entre elas, o empresário Carlos Rocha. Ao observar a disposição e desempenho dos grupos, o proprietário da Acrepan, empresa acreana de produtos alimentícios nos segmentos de panificação e confeitaria, prometeu uma oportunidade de emprego em seu estabelecimento para um dos vencedores do concurso. Dessa forma, Carlos Manoel se tornou o mais novo contratado na fábrica.
“Estou muito feliz em receber o Carlos Manoel aqui na nossa empresa. Ele foi admitido no início de fevereiro, e a ideia é fazer com que ele cresça junto conosco. Estamos muito satisfeitos com ele, que é um menino bom, comprometido, e que faz muito bem aquilo que lhe é designado”, salientou o proprietário.
A chefe de cozinha e professora na Escola de Gastronomia, Rafysa Assem, não poupou elogios ao ex-aluno. “Ele sempre mostrou interesse, disciplina e comprometimento nas aulas, e foi um aluno que não me deu trabalho. É muito satisfatório vê-lo trabalhar, e espero que ele continue dando resultados nessa empresa que oferece muitas possibilidades de crescimento para ele”.
Com as conclusões do ensino médio e do Curso de Confeitaria, Carlos deixou para trás uma rotina intensa, preenchida com as aulas de tempo integral e o curso. Todo o aprendizado adquirido tornou o jovem confiante em conquistar uma vaga no mercado de trabalho. “Eu já estava pensando em ir em busca de trabalho. Não queria ficar parado, mas aí logo chegou a proposta de vir para a Acrepan. Estou gostando bastante. Está sendo uma experiência incrível para mim”, disse o novo funcionário.
O jovem demonstra empolgação e esperança quanto ao futuro na profissão, cujo interesse e inclinação à confeitaria foram despertados em sala de aula: “Apesar de estar ainda pegando o jeito no trabalho, eu já aprendi muito. Não pretendo parar por aqui. Quero evoluir e chegar lá, na confeitaria”.
Para Estefânia Muniz, mãe do rapaz, o curso do Ieptec influenciou diretamente na escolha da profissão do filho. “O curso ajudou o meu filho a se descobrir, e ele se identificou com a profissão de confeiteiro. Essa oportunidade veio só para melhorar a vida dele, porque foi a partir do curso que ele adquiriu mais visão das coisas e ampliou as expectativas em vencer na vida”.
Sobre a entrada do filho no mercado de trabalho, Estefânia acrescentou: “Quando vi meu filho empregado, eu percebi o quanto esse curso valeu a pena na vida dele. Hoje tá muito bom, porque as nossas crianças têm onde estudar, tem merenda na escola e também têm esses cursos onde o jovem já sai empregado, como foi o caso do meu filho. Então, eu só tenho a agradecer pelo apoio de toda gestão escolar e ao governo do Estado”, complementou a dona de casa.
Para o presidente do Ieptec, Alírio Wanderley, “a história de sucesso de Carlos Manoel reflete o compromisso do Ieptec com o fortalecimento dessa modalidade de ensino, que é o itinerário na educação profissional. Para nós, enquanto instituição governamental, é um privilégio oferecer aos jovens a oportunidade de sair do ensino médio com dois diplomas, dando a eles chances reais de concorrer no mercado de trabalho formal, ou mesmo ingressar no empreendedorismo”, enfatizou.
Em comparação ao total de alunos inscritos no itinerário profissional ofertado por meio do Ieptec no ano passado, para o ano letivo de 2024 o governo do Estado amplia em, aproximadamente, 37% a oferta de vagas em diversos cursos. “Assim como foi com o jovem Carlos, temos outros casos de sucesso registrados, e a perspectiva do Ieptec é que esses números aumentem ainda mais nos anos seguintes”, acrescentou Alírio.
As ações do Ieptec na comunidade escolar seguem avançando, e o ano letivo já iniciou nos oito centros da Rede. Até o final de 2024, mais de 3 mil estudantes do ensino médio deverão concluir cursos do Itinerário de Formação Técnica e Profissional (IFTP) executados pelo Ieptec.
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