Em pronunciamento nesta quarta-feira (20), o senador Beto Faro (PT-PA) afirmou que o programa da Nova Indústria Brasil (NIB), lançado em janeiro, mostra o empenho do governo federal em responder às necessidades do país. Segundo o parlamentar, a construção do programa envolve a aplicação de R$ 300 bilhões até 2026 e está alinhada com o que tem sido feito na União Europeia e nos Estados Unidos.
— A diferença é que o valor aqui aplicado é em escala menor. Ainda assim, tem sido alvo de críticas daqueles que se apegam a um mundo que não mais existe. Os conflitos geopolíticos e a crise decorrente da covid-19 acenderam o alerta para a necessidade de garantia de um padrão mínimo de autonomia e abastecimento nacional a partir da produção local. Assim, o programa da nova industrialização é correto. Além de apontar para a recomposição da capacidade industrial, aponta para a necessidade de adequar a indústria às demandas de nossa atualidade, em especial da transição energética, aumento da eficiência no uso de recursos naturais, inclusive quanto ao padrão de consumo.
Faro também ressaltou que é necessário garantir insumos estratégicos para o sucesso do programa. Nesse sentido, o senador destacou projeto de sua autoria que estabelece medidas temporárias de proteção comercial aos insumos industriais e suas matérias primas nas condições especificadas ( PL 705/2024 ).
— Se individualmente para as empresas e empresários pode até ser altamente lucrativo esse negócio, para a sociedade brasileira como um todo é um risco, pois coloca o consumo de produtos e bens industrializados na dependência da exportação de produtos primários. O projeto de lei que apresentamos tem por objetivo pautar o debate sob a ótica dos interesses nacionais, no sentido do melhor para o povo brasileiro. Não se trata de proteger um setor ou outro, de garantir as margens de um ou de outro, mas sim de que tipo de país queremos ser, que tipo de trabalho queremos gerar, qual lugar no mundo queremos ocupar.
O parlamentar ainda destacou que o programa será debatido em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). Segundo Faro, o colegiado irá abordar a relação entre o programa e desenvolvimento da região Norte.
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