As ações de assistência e suporte às famílias atingidas estão ocorrendo em todas as cidades castigadas pela enchente no estado, que já é considerada o maior desastre ambiental devido ao número de municípios atingidos, 19 dos 22. Equipes do governo estadual foram enviadas a todas as regionais e envolvem todas as secretarias, além dos órgãos de Proteção e Defesa Civil.
Um balanço feito pela Casa Civil, que reúne todo o recurso humano e outro recursos empregados nessas ações,mostra que, em 12 dias, foram entregues mais de 3 mil cestas básicas para atender à população. Além disso, houve estrutura empregada com maquinário, montagem de abrigos e reforço de pessoal.
As ações chegam também às terras indígenas, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi). Os dados, que são atualizados todos os dias, mostram que foram entregues, ainda, 563 quilos de frango e 9.364 litros de água potável.
O balanço também contabiliza kits de limpeza, que totalizam 1.580. Outros alimentos também foram enviados pela Secretaria de Agricultura, além de itens para higiene e outros.
Para coordenar as ações, foram escolhidos secretários de pastas e presidentes de autarquias. Desta forma, o Estado se torna presente para apoiar as prefeituras na tomada de decisões e socorro às vítimas. Ao todo, a Defesa Civil contabiliza mais de 120 mil famílias atingidas.
Até nos locais de difícil acesso o governo tem sido presente.Na terça-feira, 5, o governador Gladson Cameli conduziu uma missão humanitária à Aldeia Indígena Jatobá, no Alto Rio Iaco, localizada no município de Assis Brasil.
“Fiz questão de estar presente aqui, nessa ação conjunta entre Estado, União e Município. Estou vendo e acompanhando de perto a situação que os povos tradicionais dessa região estão enfrentando. Toda a estrutura governamental está à disposição, principalmente para o período pós-enchente”, disse.
Diariamente e a todo instante, o governo envia recursos estaduais no apoio às gestões. O governador Gladson Cameli já destacou que o momento agora é de união e de atender, de maneira rápida, as pessoas que estão precisando.
O chefe do Executivo também tem feito questão de irin locopara analisar a peculiaridade de cada uma das regiões.
“Não há momento para ter qualquer diferença política nesse momento. Nós temos que cuidar das pessoas. E todas as nossas equipes, tanto das prefeituras, como do Estado, estão alinhadas e dialogando. Nossa situação não é fácil, nós não temos tempo a perder. Estou indo nas comunidades mais distantes para ver de perto, porque tem também a questão da agricultura, que tudo aquilo que plantaram perderam”, reforçou o governador.
A força-tarefa continua em todas as regionais. Após essa primeira etapa de atendimento emergencial, começam as etapas de recuperação, que também precisa das mãos de todos os poderes.
Com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 14 cidades mais críticas,há 100 abrigos públicos atendendo 10.247 pessoas desabrigadas. Ainda há 17.672 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para a casa de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 12.000 pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.
A secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Maria Zilmar da Rocha Almeida, explica como tem sido o atendimento a todos esses municípios.
“Os municípios estão sendo orientados na forma de proceder a solicitação, porque esse atendimento passa pelo controle de assistência com recursos do fundo, onde nós estamos operando em caráter emergencial com a questão de cestas básicas e de kits de higiene, priorizando por grau de comprometimento, na medida em que o município já baixou a água, já temos famílias voltando. Então, nesse momento, o mais importante são os kits de limpeza. A gente continua com toda a atenção necessária para posteriores necessidades”, destacou.
A cheia dos rios em todo o Acre tem castigado o estado há mais de uma semana. Mesmo com algumas bacias em vazante, algumas cidades, inclusive Rio Branco, ainda estão em alerta devido ao nível do manancial. No caso da capital, já é registrada a segunda maior cheia da história.
Na avaliação dos órgãos de Proteção e Defesa Civil do Estado, este já pode ser considerado o maior desastre ambiental do Acre, devido ao número de cidades atingidas. Das 22 cidades, 19 estão em emergência, o que configura 86% do estado. O número de atingidos, que engloba todos os afetados pela cheia, independente de serem desalojados ou desabrigados, já ultrapassa os 120 mil.
O rio se mantém acima dos 17 metros desde o dia 29 de fevereiro. Desde então, o governo tem se articulado com os demais poderes, municipal e federal, para dar assistência às famílias. Desde o decreto de emergência publicado pelo governador Gladson Cameli e reconhecido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, já foram liberados mais de R$ 20 milhões em recursos para as ações de assistência aos atingidos pelas enchentes no Acre, tanto na capital quanto no interior do estado.
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