Comitiva ministerial e governador unem forças com prefeitos de municípios atingidos
Os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, desembarcaram no estado do Acre nesta segunda-feira, 4, para uma visita às áreas atingidas pelas cheias dos rios. A comitiva, liderada pelo governador Gladson Cameli, priorizou a cidade de Brasileia como ponto de partida, mas o foco da ação se estende a todos os 19 municípios atingidos pela cheia dos rios.
As cidades de Brasileia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Plácido de Castro e Xapuri foram algumas das cidades mais atingidas pela cheia. Nesse contexto, a união institucional ganhou destaque, promovendo um encontro que reuniu não apenas ministros e o governador, mas também os prefeitos desses municípios e representantes da bancada federal do Acre. A presença dos líderes municipais fortaleceu a abordagem regional do evento, ressaltando que a resposta coordenada abrange todos os lugares do estado.
O governador Gladson Cameli, ao visitar Brasileia pela terceira vez em menos de duas semanas, enfatizou que o compromisso do Estado se estende a todos os 19 municípios afetados pela cheia, e que este é um momento de união para a reconstrução do que foi afetado.
“Em parceria com a bancada federal, a prefeitura municipal e os nossos ministros presentes, pretendemos avançar nesse processo não apenas de recuperar as cidades atingidas, mas pensar em soluções, ou daqui a 11 meses passaremos por tudo isso de novo. Agradeço pela presença de vocês, que demonstra o compromisso que o Estado possui. O governo federal tem se mostrado disponível, como o ministro sempre ligando, e eu tenho externado isso publicamente a toda a equipe municipal, estadual e federal. A nossa bancada de parlamentares, os poderes judiciários, as instituições, todos estão se prontificando para ajudar. Precisamos da ajuda de cada um de vocês. Reitero meu compromisso de abraçar esse projeto de levar áreas mais atingidas de Brasileia para a parte alta da cidade, em parceria com todos, dentro das possibilidades do Estado”, destacou o governador Gladson Cameli.
Antes do ápice da cheia, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre, em parceria com a Defesa Civil Estadual e Municipal, já coordenava ações preventivas em diversas localidades. A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) enviou cestas básicas e água mineral para os municípios atingidos. Além disso, a mobilização de recursos humanos e financeiros se estendeu a toda a região, com o governo do Acre decretando situação de emergência nos 19 municípios afetados pela cheia.
Além da mobilização de recursos humanos, o governo liberou significativos recursos financeiros para os municípios afetados, destacando-se mais de R$ 4 milhões para os municípios atingidos apenas neste primeiro momento.
Durante a visita, a comitiva ministerial conheceu áreas atingidas pela cheia histórica de Brasileia, visitou abrigos, realizou encontros com prefeitos e participou de reuniões. O foco da discussão não foi apenas a recuperação imediata, mas também a importância de uma estratégia regional para lidar com eventos climáticos extremos no futuro.
“A gente reconheceu a situação de emergência do governo do Acre, dos municípios. Na mesma hora, reunimos com a bancada, com o governo do Acre, com a equipe, com a transversalidade do governo. Tratamos dos planos, orientamos, colocamos gente. Eu posso aqui, agora, junto com a Marina e outros colegas do governo federal, chegar já com dezenas de planos aprovados. Isso era quase impossível se a realidade não fosse essa da união. Não faltará do presidente Lula. Às vezes as pessoas perguntam: mas ministro Valdez, ministra Marina, quanto vai ser colocado à disposição? O que for necessário. O ano passado o presidente Lula baixou várias medidas provisórias para assistir, hora por enchente, hora por cheia de norte a sul desse país. E não será diferente este ano. A gente está no início do ano, os recursos estão disponíveis, e a gente está atuando”, afirmou o ministro Waldez Góes.
Já a ministra Marina Silva reforçou a necessidade dos planos de mitigação ambiental: “O presidente Lula enfatiza a necessidade de agir rapidamente. Quando os planos chegam, são prontamente aprovados. Quero manifestar aqui minha solidariedade com a população de Brasileia, especialmente com a prefeita Fernanda. Estamos trabalhando em um plano estruturante para todos os municípios vulneráveis à emergência climática. Infelizmente, essa é uma realidade que se repetirá a cada ano de forma mais grave. Trabalhamos nas causas, como desmatamento e emissão de CO2, para diminuir o aumento da temperatura da terra, e ao mesmo tempo, em ações estruturantes para que cidades vulneráveis possam ter intervenções continuadas ao longo de anos para enfrentar o problema. O plano que estamos desenvolvendo visa decretar a emergência climática permanente nos mais de mil municípios sujeitos a esses eventos climáticos”.
O encontro reforça não apenas a necessidade de solidariedade e cooperação, mas também o compromisso de liberação de recursos da União para a recuperação e reconstrução de comunidades atingidas em todo o Acre.
A presença dos prefeitos evidenciou a importância da abordagem regional na busca por soluções conjuntas, demonstrando que, diante dos desafios climáticos, a força está na união de todos os níveis de governo e comunidades afetadas.
Representando os prefeitos presentes, a anfitriã do encontro, Fernanda Hassem, prefeita de Brasileia, reforçou a importância de ter o apoio presente, principalmente em sua cidade: “Hoje destacamos a importância dessa união tripartite entre governo federal, estadual e municipal. Todos testemunharam a situação crítica em que Brasileia se encontra, um estado de calamidade, com pessoas perdendo suas casas e sonhos. Prédios públicos, 17 instituições, escolas, incluindo aquelas com alto índice no Ideb, que enaltecem nossa cidade de Brasileia, foram impactados. O povo de Brasileia é resiliente, trabalhador e unido, demonstrando uma incrível fortaleza. É um processo em etapas, começando pela ação humanitária para garantir segurança a todos, incluindo mulheres, homens, crianças e comunidades indígenas. Hoje, com 16 abrigos ainda abertos, a água do rio baixou, mas continuamos porque ainda não conseguimos mensurar completamente o impacto nas famílias que perderam casas e identidades. A resposta é evidente: mudanças urgentes são necessárias”.
Ainda estiveram presentes no encontro os senadores Alan Rick e Petecão, a deputada federal Antônia Lúcia, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Luiz Gonzaga, e o deputado estadual Tadeu Hassem.
Em nome dos congressistas acreanos, o senador Alan Rick reforçou: “Em colaboração com o governo federal, o governo do Estado e as prefeituras, mantemos um diálogo constante para elaborar um plano de realocação de nossas cidades, construindo casas populares e prédios públicos em áreas elevadas. Buscamos o apoio do governo federal, do governo do Estado e da bancada para avançarmos no plano de emergência climática proposto pela ministra Marina. Nesse momento desafiador, buscamos o apoio crucial do governo federal para auxiliar a nossa comunidade a se reerguer”.
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