O governo do Estado, preocupado com as inundações dos rios e igarapés na região do Alto Acre, realizou uma série de ações integradas, com o objetivo de se antecipar e minimizar os impactos causados pela alagação nos municípios da região.
Mesmo antes da cheia do Rio Acre, em Brasileia e Epitaciolândia atingir o ápice, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) se antecipou e atuou, em parceria com a Defesa Civil Estadual e Municipal e a Prefeitura de Brasileia, na coordenação de ações durante a cheia e pós-cheia.
O comando Corpo de Bombeiros achou necessário enviar o subcomandante da corporação, coronel Eden Santos, a Brasileia para acompanhar de perto todos os trabalhos de realocação das famílias, monitoramento dos rios, verificação do comportamento climático, retirada de balseiros da ponte, socorro aos doentes, dentre outros.
Visando coordenar as ações do Estado nesses municípios e minimizar os impactos da inundação, o governo enviou, na terça-feira, 27, o titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), José Luiz Tchê, que entregou cestas básicas e água mineral para a população.
No dia 28 de fevereiro, quarta-feira, às 15h o Rio Acre atinge a maior marca registrada na história com 15,58m, ultrapassando 2015, quando o rio alcançou 15,55m.
Em menos de um ano, Brasileia enfrenta a primeira e segunda maior alagação da história, atingindo cerca de 75% de seu território e por volta de 60% da sua população. A prefeitura da cidade decretou situação de emergência, a cidade ficou isolada por via terrestre, e as pessoas só conseguiam se locomover por meio fluvial; 15 instituições do município ficaram alagadas.
Mais de 15 mil pessoas foram atingidas; 1.500 pessoas estão desabrigadas, 2.220 estão desalojadas, 12 bairros foram afetados, 16 abrigos estão sendo administrados pela prefeitura, com um efetivo de mais de 500 pessoas atuando no município.
Na zona rural a situação também é preocupante; mais de 500 pessoas ficaram isoladas, 20 pontes foram destruídas pela força das águas, além de 21 linhas de bueiro arrasadas.
No mesmo dia em que Brasileia registra sua maior cheia, o governador Gladson Cameli, visita o município colocando o Estado à disposição da população e sobrevoa áreas atingidas.
“O momento é de solidariedade, união e forte presença do Estado”, declarou o governador do Acre, Gladson Cameli, durante sua visita à cidade de Brasileia.
A prefeita do município, Fernanda Hassem, ressaltou que, mesmo diante da catástrofe, a união de todas as instituições, empresas e cidadãos tem feito a diferença para minimizar os impactos da cheia. “Montamos um comitê de crise, recebemos o secretário de Agricultura, o Tchê, com a estrutura do Estado, para atender as pessoas e prestamos mais ajuda humanitária”, declarou.
Após vazante do Rio Acre na região, equipe técnica do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) realizou, na sexta-feira, 1º, uma inspeção técnica na Ponte José Augusto, que liga os municípios Brasileia e Epitaciolândia e, em seguida autorizou a liberação de veículos retirando Brasileia do isolamento.
No mesmo dia, a Seagri, comprou, de pequenos produtores rurais de Brasileia, duas toneladas e meia de alimentos para abastecer as cozinhas que estão preparando as refeições dos abrigos da cidade e realizou a entrega.
Além disso, o governo do Estado, por meio da campanha Juntos pelo Acre, entregou kits de limpeza, na sexta-feira, 1º, aos municípios de Epitaciolândia e Brasileia.
No pós-cheia, o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) realizou limpeza das ruas, reparo de encanação e religação de abastecimento de água em Brasileia e Epitaciolândia.
Com o retorno das águas, ruas, casas, escolas e empresas foram destruídas. Iniciando uma força-tarefa da união entre governo Federal, governo do Estado, Prefeitura, empresários e população para reconstruir as cidades atingidas.
No sábado, 2, o governo do Acre, decretou situação de emergência nos 19 municípios atingidos pela cheia, desses incluem Brasileia e Epitaciolândia.
– 500 galões 5l de água mineral;
– 375 cestas básicas;
– 10 caixas de sabão em barra;
– 10 caixas de desinfetante.
– 500 kits de limpeza
– Fraldas descartáveis
– 2 barcos (Seagri);
– 1 esteira (Deracre);
– 1 pá carregadeira (Deracre);
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