Com colaboração de Isabelle Figueiredo
Mais ações pela existência de todas as pessoas. Na última terça-feira, 30 e quarta-feira, 31, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) deu prosseguimento, em Rio Branco, Brasileia e Cruzeiro do Sul, às ações da Semana da Visibilidade Trans. Na ocasião, foram feitas atividades simultâneas nos três municípios, com a afixação de cartazes em locais públicos.
Em Rio Branco, a equipe muldisciplinar da Semulher esteve, na quarta-feira, 31, no Mercado Municipal Elias Mansour e no Shopping Aquiry, no Centro de Rio Branco, realizando a entrega da cartilha educativa “Sou a travesti, existo”.
“Com essa ação, esperamos que os servidores, comerciantes e pessoas que frequentam o Centro de Rio Branco possam compreender mais sobre a existência dessas mulheres, e que elas sofram o mínimo possível”, explicou Neuda Muniz, chefe do Departamento de Fortalecimento Institucional de Ações Temáticas e Participação Política da Semulher
A vendedora Sarita Hills, que se identifica como uma mulher transsexual e trabalha há 4 anos em uma loja de bolsas no Shopping Aquiry, acredita que a iniciativa é importante para conscientizar sobre o respeito a essa população que é marginalizada. “É a primeira vez que eu vejo uma ação como essa. Muito importante esta iniciativa, que visa o direito e o respeito para todas nós, para que vivamos em uma sociedade mais tranquila e igualitária”.
A ação foi realizada com a parceria da Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro), que trabalha na fiscalização do Mercado Municipal Elias Mansour “Nós, servidores, precisamos ter muita atenção nesse caso. Precisamos dessa educação para ter uma relação de consciência e respeito com essas mulheres”, declarou o coordenador da Seagro, André Brasil.
Em Cruzeiro do Sul, foi realizada, na terça-feira, a Semulher, por meio do Centro de Atendimento Especializado à Mulher do Juruá (CEAMJU) também realizou o trabalho de panfletagem. De acordo com a coordenadora do CEAMJU, Genilsa Silva, a equipe esteve em prédios públicos locais. “Estivemos no Procon [Programa de Proteção e Defesa do Consumidor], no Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social], na Coordenadoria de Políticas para as Mulheres, Ministério Público e outros órgãos para reforçar o respeito à existência de todas as pessoas. Queremos que as mulheres trans e travestis tenham as mesmas oportunidades que qualquer pessoa”, explicou.
Já em Brasileia, o Centro de Atendimento Especializado à Mulher em Situação de Violência do Alto Acre (CEAMAA) também seguiu com o trabalho de panfletagem, mas em locais estratégicos do município. “Nossa principal intenção é promover a visibilidade e combater a discriminação pela orientação sexual e identidade de gênero”, finalizou a coordenadora do CEAMAA, Elizabeth de Araújo.
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