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Saúde do Acre traça estratégias de combate à febre do oropouche

A Saúde do Acre (Sesacre) está atenta aos casos registrados de febre do oropouche e, com o Ministério da Saúde (MS), traça estratégias de prevenção...

25/01/2024 12h55
Por: Redação Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

A Saúde do Acre (Sesacre) está atenta aos casos registrados de febre do oropouche e, com o Ministério da Saúde (MS), traça estratégias de prevenção e combate à doença.

Mosquito transmissor da febre oropouche (Foto: Scott Bauer/Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture/Divulgação)
Mosquito transmissor da febre oropouche (Foto: Scott Bauer/Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture/Divulgação)

Desde dezembro, uma equipe do MS está no Acre para apoiar as ações, como explica o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, Edvan Meneses.

“Estamos alinhando a coleta de exames laboratoriais com os municípios e unidades estaduais. Também estamos produzindo uma nota técnica e manuais para manejo da doença, que irão nortear as equipes de saúde, e ainda capacitando as equipes das vigilâncias hospitalares e laboratórios para a coleta, armazenamento e transporte das amostras”, relata.

Edvan Meneses reforça que a Saúde do Acre está atuando em conjunto com o Ministério da Saúde. Foto: Odair Leal/Sesacre
Edvan Meneses reforça que a Saúde do Acre está atuando em conjunto com o Ministério da Saúde. Foto: Odair Leal/Sesacre

A Sesacre também está trabalhando para capacitar as equipes multiprofissionais, aumentando ainda os insumos estratégicos nas unidades estaduais. O Laboratório Central (Lacen) também deve ser fortalecido, para aumentar a capacidade diagnóstica.

Conforme a Sesacre, outro ponto que está sendo fortalecido é a área técnica da vigilância ambiental das arboviroses, para produção de boletins e notas, um trabalho também essencial para acompanhar a evolução da doença.

Prevenção, sintomas e tratamento

Os estudos realizados pelo Departamento de Entomologia da Sesacre indicam que os principais vetores da oropouche são oCulicoides paraensise oCulex quinquefasciatus, popularmente conhecidos como meruim ou maruim pela população. Sobretudo, as equipes estão coletando amostras nos locais de maior incidência da doença, para confirmar a presença dos mosquitos e sua ligação direta ao aumento de casos da doença no perímetro urbano.

Com a presença massiva dos dois possíveis vetores na região amazônica, é fundamental que, a fim de minimizar as chances de ser picada pelos insetos, a população tome medidas como:

– Utilizar mosquiteiros;
– Usar roupas compridas de forma que cubram braços e pernas;
– Instalar telas em portas e janelas;
– Usar repelente;
– Quando um agente da prefeitura visitar seu endereço, permitir que borrife a sua casa.

Os sintomas da oropouche duram entre dois e sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. São eles: febre de início súbito, cefaleia intensa (dor de cabeça), mialgia (dor nas costas/lombar) e artralgia (dor articular). Ou, ainda:

–  Tosse
– Tontura
– Dor retro-ocular
– Erupções cutâneas
– Calafrios
– Fotofobia
– Náuseas
– Vômitos

Cabe destacar que a febre do oropouche foi descrita pela primeira vez na década de 60, mas não há, até o momento, registros de mortes associadas à doença. Conforme o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico nem vacina para a febre do oropouche, portanto, pacientes infectados devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Caso sinta sintomas leves a moderados, basta se dirigir a uma unidade básica de saúde e, para sintomas graves, deve-se procurar a unidade de pronto atendimento (UPA) mais próxima.

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