Por meio da Secretaria de Saúde do DF (SES), o Governo do Distrito Federal (GDF) participou, recentemente, do 37º Encontro Latinoamericano de Agricultura Biodinâmica, em San Miguel, na Argentina. Referência técnica distrital (RTD) em fitoterapia, Marcos Trajano apresentou os hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos (Hambs), vistos como exemplos de sustentabilidade na produção e de conservação de espécies medicinais nativas, capazes de aproximar a população dos serviços de saúde.
Os hortos são espaços onde o cultivo de plantas medicinais e de outros tipos ocorre de forma comunitária e com base na agricultura biodinâmica, que vê a saúde de forma integrada. Nesta quarta-feira (11), a partir das 8h30, será inaugurado o Hamb da UBS 6 de Samambaia.
Já há hortos medicinais na Unidade Básica de Saúde (UBS)1 do Lago Norte, na Casa de Parto de São Sebastião e nas farmácias vivas do Riacho Fundo e do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Os hortos mais recentes foram instalados na UBS 1 do Itapoã , na UBS 1 da Asa Sul, na UBS 10 de Santa Maria e na Sede da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS). Até o fim do ano, a SES entregará uma rede com o total de 15 hortos.
Oficinas
Durante o encontro, a SES, em parceria com a Fiocruz, divulgou o curso inédito de aperfeiçoamento sobre Hamb. Destinada a servidores públicos, a capacitação busca fundamentar a construção da primeira rede de hortos medicinais do país.
A pasta foi a única instituição pública a ter um espaço no evento, realizado no fim de setembro, em duas oficinas. A primeira foi sobre a associação da agricultura biodinâmica e a medicina antroposófica, apresentada pelo médico Paulo Tavares, da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (Abma Centro-Oeste).
Já a segunda oficina abordou aRede dos Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos do SUS (RHAMB) como inovação tecnológica na saúde, educação e agricultura.
Fitoterapia
“Foram mais de 200 participantes de toda a América Latina”, conta Marcos Trajano, que também representará a SES no Congresso Brasileiro de Agroecologia, em novembro, no Rio de Janeiro (RJ). “Nossa tecnologia inovadora, que envolve a saúde com a educação, agricultura e meio ambiente, foi absolutamente um sucesso. Isso significa que nosso trabalho está sendo reconhecido tanto nacional quanto internacionalmente.”
De acordo com o médico, a participação no encontro, além de promover a atuação da SES, fortalece a governança do GDF e aproxima parcerias privadas. O especialista reforçou que projetos como os dos hortos agroflorestais promovem autorresponsabilização com a saúde e sustentabilidade na execução de serviços públicos na área.
“É um trabalho que reduz a demanda de assistência na rede e os insumos de maior custo tecnológico, gerando mais satisfação na população e ampliando a capacidade de produção de medicamentos fitoterápicos”, resume.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF
Mín. 22° Máx. 33°
Mín. 22° Máx. 31°
Chuvas esparsasMín. 21° Máx. 35°
Chuvas esparsas