O cheirinho de pão artesanal feito na hora preencheu a Unidade Didática de Processamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) nesta quinta-feira (5), enquanto sete produtoras rurais participavam de um curso de panificados da empresa pública do Governo do Distrito Federal (GDF).
A capacitação é dividida em três módulos e ensina a fabricação de massas básicas, integrais e enriquecidas, além de receitas que são testadas e trabalhadas por técnicos do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor). Cada módulo dura um dia, totalizando três dias de conteúdo. O aluno também pode fazer apenas o módulo de sua preferência.
Segundo a extensionista rural da Emater de Planaltina e instrutora no curso de panificação artesanal, Sandra Evangelista, a formação foi pensada com ingredientes básicos, encontrados com facilidade na área rural, como abóbora, batata-doce, mandioca e milho, para que os alunos possam enriquecer as massas semidoces. A instrutora também destaca que as participantes conseguem trabalhar de modo mais caseiro, sem tantos equipamentos, podendo usar copos, xícaras e o que tiverem em casa como instrumentos de medida.
“São métodos simples que vão levar receitas mais nutritivas para as famílias e, dependendo da situação, elas podem até ganhar um dinheiro extra vendendo pães artesanais. A gente também faz um enfoque nas boas práticas de fabricação, o custo do produto, como podem calcular. Então, elas ficam bem satisfeitas porque, com dois ou três módulos deste curso, conseguem aprender bastante”, afirma Sandra.
Oportunidade e incentivo
A agricultora familiar Conceição de Michele da Silva mora no assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina. Na última aula ela fez, junto a outras produtoras, pães, roscas e pizza. Nesta quinta-feira (5), as alunas fizeram pão integral, pão de batata, pão de abóbora, aprender sobre recheios e tirar dúvidas de culinária.
“Somos conveniados pela Emater de Planaltina, e em todas as oportunidades eles procuram a comunidade e os produtores para estar inseridos na capacitação. Estou achando um grande incentivo para nós produtoras a capacitação, pelo fato de a gente não precisar ir à rua comprar um pão, a gente mesma está fazendo ali, tanto para a nossa família quanto para um acréscimo da renda. Nem sempre a gente tira renda da nossa própria produção, por sermos produtores pequenos, talvez menos vistos. Então, é uma grande oportunidade para a gente estar fazendo desse curso uma chance de aumentar a renda da nossa família, trabalhando para levar nossos produtos para feiras e exposições”, comenta Michele.
Dez cursos em cinco meses
Os cursos de capacitação da Emater são direcionados aos produtores rurais e trabalhadores já assistidos pela empresa pública. Para se inscrever, o produtor deve procurar o escritório da empresa da sua região, que fornece a programação e as datas com antecedência.
“Esses cursos têm a finalidade de ser mais uma opção de geração de renda para as famílias. A ideia é serem cursos mais básicos para que as pessoas possam realmente colocar em prática”Deijane Araújo, gerente do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF
A Unidade Didática de Processamento do Escritório Central da Emater, localizada na Asa Norte, é um apoio para os escritórios do órgão e foi inaugurada em abril. Segundo a gerente do Cefor da Emater, Deijane Araújo, dez cursos na área da agroindústria já foram realizados entre abril e setembro deste ano, contemplando cerca de 116 alunos.
Há um limite de 15 alunos por turma, entre produtores e trabalhadores rurais. Entre as capacitações já realizadas, estão as de fabricação de molhos, antepastos e tomate seco; fabricação de queijos básicos; processamento e filamento de tilápia; desidratação de vegetais; charcutaria artesanal – preparação de carne produzindo alimentos defumados, curados e, inclusive, embutidos -; e também a de panificação, com massas básicas, pães artesanais, pães integrais e pães enriquecidos.
“Esses cursos têm a finalidade de ser mais uma opção de geração de renda para as famílias. A ideia é serem cursos mais básicos para que as pessoas possam realmente colocar em prática”, explica a gerente.
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