O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta quinta-feira (28), mais oito leitos na unidade de terapia intensiva (UTI) coronariana no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o que representa o dobro da capacidade para atender pacientes de alta complexidade com relação às doenças cardiovasculares. Com a inauguração simbólica, que contou com a presença da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, a rede pública de saúde atinge a marca de 100% leitos ativos nas UTIs.
Os espaços que foram inaugurados estavam sendo utilizados para atender a população durante a pandemia da covid-19. A reativação dos oitos leitos permitiu a inauguração da UTI coronariana 2 para complementar a eficiência nos serviços que já são oferecidos pela unidade de terapia intensiva 1. Para que fosse possível o aumento na capacidade de atendimentos cardíacos de alta complexidade, o GDF precisou aumentar sua força de trabalho com corpo técnico especializado em doenças coronárias.
“Ao mesmo tempo que ampliamos a estrutura física, nós precisamos ampliar também a área médica. Nós dobramos a capacidade da UTI, e não somente com a estruturação de equipamento, mas fizemos um chamamento público para dobrar também a equipe técnica especialíssima nessa área”, afirmou a vice-governadora Celina Leão.
O chamamento para contratação de profissionais especializados em doenças coronárias resultou na admissão de 22 profissionais que compõem a equipe multidisciplinar — principal característica de uma UTI coronariana. Desses, são cinco novos médicos intensivistas na área da cardiologia, seis fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional, um nutricionista, um fonoaudiólogo, um assistente social, um psicólogo e seis enfermeiros.
“A UTI coronariana tem todo o aparato básico de monitoramento de uma UTI normal. O diferencial é a sua equipe multidisciplinar. São intensivistas que, na maioria, são cirurgiões cardíacos ou cardiologistas especializados naquela patologia que analisam os sinais do paciente”, explicou a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O presidente do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IgesDF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, comemorou a inauguração dos leitos. “É um marco para o hospital. As doenças cerebrovasculares são as que mais matam no mundo, representando cerca de 27% dos óbitos. O HBDF é um hospital de alta complexidade e temos que ter o enfoque na demanda dos nossos pacientes. Por isso, estamos reativando os leitos de UTI que, durante a pandemia, foram muito utilizados. A gente espera atender melhor a população do Distrito Federal”, pontuou.
Além do HBDF, há outros nove leitos para doenças coronárias no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) também mantém um convênio com o Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal (ICDF). Lá, são disponibilizados 18 leitos de UTI adulto e até 12 leitos de UTI pediátrico para atender os pacientes da rede que foram submetidos à cirurgia cardíaca no próprio instituto.
Menor taxa de óbitos
Graças a atuação conjunta entre os órgão de saúde do GDF, o Distrito Federal registrou a menor taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil, de acordo com o Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus), do Ministério da Saúde. Em 2022, 4,74% dos pacientes internados no DF após ataque cardíaco foram a óbito, enquanto que a média nacional é de 9%.
“Esses oito leitos a mais são preciosos para a gente porque isso reflete nos índices de mortalidade do DF com relação a doenças cardíacas. Quando garantimos um leito para essa linha de cuidado, podemos esperar que essa taxa diminua ainda mais porque o cuidado com o paciente vem sendo ampliado”, defendeu a secretária Lucilene Florêncio.
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