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Capacitação para atendimento a casos de violência sexual contra menores

Curso promovido pela Sedes é dirigido a servidores da pasta que fazem atendimentos nos Creas, onde já foram implantadas metodologias elaboradas por...

27/09/2023 16h30
Por: Redação Fonte: Agência Brasília
Agência Brasília
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Uma tarde agradável com direito a cinema, pipoca, refrigerante e brincadeiras. Na plateia, 20 famílias. Todas elas com algum caso de violência sexual contra crianças ou adolescentes. Essa ação é o fechamento de uma série de encontros da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Estrutural com essas pessoas. Mais que isso, trata-se de uma metodologia implantada por meio do curso de formação para profissionais que atuam com violência sexual em Creas.

“No momento que estiver presente situação que cause risco social, deve-se procurar um Creas. Ruptura de vínculo familiar, discriminação, situação de desabrigo temporário e situações de violência em geral são exemplos disso”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social

“É importante ressaltar que o fato de o grupo ser formado por famílias com crianças e adolescentes vítimas de violência sexual não significa que o foco seja o abuso sexual”, explica o gerente do Creas Estrutural, Guilherme de Lima. “O grupo é um espaço para além da violação, onde utilizamos de várias estratégias para os participantes trabalharem a vergonha, raiva, culpa, isolamento, relutância em pedir ajuda, dificuldade em estabelecer relacionamentos íntimos e outras consequências da violência”, completa o assistente social.

Além do grupo, o Creas atua também na concessão de benefícios, por meio de atendimento individualizado para identificar as necessidade materiais e financeiras das famílias atendidas, garantindo, assim, a segurança alimentar e nutricional, a moradia segura e afins.

Metodologia

Idealizadora da metodologia, a doutoranda pela Universidade de Brasília (UnB) e psicóloga Aline Pinho destaca que trata-se de intervenções psicossociais com grupos reflexivos.

A série de encontros da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Estrutural que foi encerrada contou com a participação de um total de 31 servidores, entre psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, entre outras especialidades de oito Creas | Foto: Ádamo Dan/Ascom Sedes-DF
A série de encontros da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Estrutural que foi encerrada contou com a participação de um total de 31 servidores, entre psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, entre outras especialidades de oito Creas | Foto: Ádamo Dan/Ascom Sedes-DF

“O objetivo é a oferta de espaço para disseminação de conhecimento sobre as dinâmicas que perpassam situações de violência sexual, o processo de atendimento, sobretudo no âmbito da política pública de assistência social, e a troca de informações sobre atendimentos realizados em grupo”, explica a pesquisadora.

Um total de 31 servidores, entre psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, entre outras especialidades de oito Creas participaram da capacitação e estão aptos a realizarem intervenções especializadas e direcionadas junto a esses públicos em suas regiões. A ideia é que esses se tornem multiplicadores em suas unidades.

De acordo com ela, a estratégias de formação para lidar com situações contou com partes teórica e prática.

A pesquisa de doutorado está sendo desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, da UnB, sob a orientação da professora Silvia Lordello e com a participação das especialistas da Secretaria de Desenvolvimento Social, Karen Costa e Luiza Carvalho.

Creas

O DF conta com 12 Creas. Essas unidades atendem por demanda espontânea famílias que chegam vítimas de violação de direitos, entre eles, a violência sexual contra crianças e adolescentes.

“No momento que estiver presente situação que cause risco social, deve-se procurar um Creas. Ruptura de vínculo familiar, discriminação, situação de desabrigo temporário e situações de violência em geral são exemplos disso”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

*Com informações da Sedes-DF

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