O governo do Acre por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) vai integrar um grupo de trabalho com a Vinci Airports, concessionária de aeroportos da Amazônia, para ajudar na elaboração de um plano de viabilidade econômica para aviação regional.
O compromisso foi firmado durante reunião nesta quinta-feira, dia 21, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac). A representante da Vinci Aeroports, Karen Strougo, apresentou para o presidente da Assembleia, deputado estadual Luiz Gonzaga, o presidente da Federação da Indústria do Acre, José Adriano Ribeiro e o titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, as fases de investimentos promovidos pela concessionária nos aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, que permitirão a certificação.
“Essa fase de investimento vem para melhorar a infraestrutura, trazendo mais segurança operacional para os voos e com isso vamos conseguir certificar os aeroportos. Com esta certificação, deixaremos de ter limites de crescimento”, explicou Strougo.
De acordo a concessionária, atualmente, o aeroporto de Rio Branco tem capacidade de receber apenas cinco aeronaves em seu pátio. Com a conclusão das obras mais uma vaga de aeronave será criada, permitindo a possibilidade de ampliação de novos voos comerciais e internacionais.
O plano de investimentos prevê que até agosto de 2024, os aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul estarão certificados. O secretário Assurbanípal Mesquita falou da importância de trabalhar em conjunto um plano de desenvolvimento de voos regionais.
“A certificação credencia os nossos aeroportos a receber mais voos. No momento estamos limitados, isso de certa forma dificulta a nossa intenção de expandir, por exemplo, nossa conexão com os países andinos. Com relação a nossa malha aérea, vamos formar um grupo de trabalho para elaborar um plano de desenvolvimento de voos regionais e, amenizar as dificuldades enfrentadas atualmente para a integração via aérea com a região do Juruá”, assegurou Mesquita.
O presidente da Fieac, José Adriano Ribeiro, destacou que a falta de opção de voos precisa ter um olhar para a infraestrutura aeroportuária. “Não é só o anseio de colocar novos voos, precisamos olhar o nosso tamanho, a capacidade de segurança, e a aplicação dos investimentos, que são complexos para a Amazônia. O que nos alivia é que existe um cronograma de obras apresentado pela concessionária, um caminho para a certificação”, observou Adriano.
O presidente da Aleac, Luiz Gonzaga, destacou que mesmo com as obras previstas para iniciar em janeiro de 2024, os voos diurnos da Latam não serão prejudicados. Gonzaga vai pedir à Gol que se adeque ao horário de pousos e decolagens diurnos.
“Existe a possibilidade da Gol se adequar aos horários diurnos, vamos pedir apoio da bancada federal nesse sentido. No geral, ficamos satisfeitos de saber o tamanho dos investimentos que estão sendo feitos para certificar os nossos aeroportos e abrir várias portas para conectarmos o Acre a outros estados e outros países”, acrescentou Gonzaga.
Certificação
A certificação define as especificações operativas (EO) dos aeródromos e aeroportos, estabelecendo os tipos de voos aptos a serem recebidos, e atesta a capacidade do operador de cumprir os regulamentos técnicos exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As normas incluem requisitos de infraestrutura aeroportuária, manutenção, operações, resposta à emergência e controle de fauna, dentre outras.
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