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Sala de Crise da Região Sul nivela e atualiza órgãos federais e estaduais sobre as perspectivas da situação hidrometeorológica da região para os próximos dias

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) promoveu a 2ª Reunião Extraordinária em 2023 da Sala de Crise da Região Sul nesta quarta-feir...

13/09/2023 18h31
Por: Redação Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
Rio Uruguai na divisa entre o Rio Grande do Norte e Santa Catarina - Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA
Rio Uruguai na divisa entre o Rio Grande do Norte e Santa Catarina - Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) promoveu a 2ª Reunião Extraordinária em 2023 da Sala de Crise da Região Sul nesta quarta-feira, 13 de setembro. Transmitido ao vivo pelo canal da Agência no YouTube , o encontro foi promovido com o objetivo de caracterizar a situação hidrometeorológica atual e identificar as perspectivas para os próximos dias no contexto das fortes chuvas e inundações que vêm ocorrendo no Sul desde a primeira semana de setembro.

Durante a 2ª Reunião Extraordinária aconteceram apresentações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Também participaram o diretor da ANA Filipe Sampaio, servidores(as) da agência reguladora e representantes dos governos estaduais do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O meteorologista do INMET Marcelo Schneider apresentou o acumulado de chuvas de setembro no Brasil assim como o acumulado de precipitações no Rio Grande do Sul nos últimos dias. O profissional também abordou a situação das chuvas desta quarta-feira, 13, assim como a previsão de anomalias de chuvas, que apontam para precipitações acima da média na região Sul em 2023 no contexto do fenômeno climático El Niño.

Em sua apresentação, o coordenador-geral de Operações e Modelagem do CEMADEN, Marcelo Seluchi, falou sobre as precipitações acumuladas entre 1º e 12 de setembro no Sul, que se configuraram como uma anomalia de chuvas acima da média em quase toda a região, exceto na faixa leste de Santa Catarina e Paraná, onde houve precipitações abaixo da média no período. Seluchi falou, ainda, sobre a previsão de chuvas menos intensas a partir da tarde desta quarta-feira no Rio Grande do Sul e de tempestades em Santa Catarina e no Paraná. A previsão de novos volumes significativos de chuva no Sul a partir de 18 e 19 de setembro também foi apresentada.

A engenheira sênior do SGB Andrea Germano falou sobre a operação dos sistemas de alerta hidrológicos das bacias hidrográficas dos rios Caí, Taquari e Uruguai – que operam respectivamente em alerta, estado de atenção e cota de inundação. Segundo Germano, a estação de monitoramento fluviométrico de Muçum (RS) já voltou a transmitir dados após os danos provocados pelas fortes chuvas e inundações no Sul. As estações de Encantado (RS) e Estrela (RS) serão reinstaladas nas próximas semanas. O Serviço Geológico do Brasil vem atuando em parceria com a ANA para a recuperação de plataformas de coleta de dados danificadas e para instalação de novos equipamentos para que o monitoramento em tempo real possa ser retomado nessas bacias impactadas.

Em sua apresentação, o engenheiro de estudos hidrológico e hidráulico do ONS Pedro Garrido abordou a situação do armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas do Subsistema Sul após as fortes chuvas desde a primeira semana de setembro, e as caraterísticas dos reservatórios existentes na região. O engenheiro do ONS explicou que os reservatórios existentes no Sul que possuem capacidade de armazenamento suficiente para amortecer cheias já estão com elevados volumes armazenados de água. Garrido também informou que a grande maioria das hidrelétricas nas bacias dos rios Iguaçu, Uruguai, Jacuí, Capivari e Taquari-Antas operam a fio d’água, ou sejam, as vazões que chegam são praticamente iguais às que saem do reservatório; assim, esses reservatórios não têm capacidade de controle de cheias.

Além disso, representantes dos estados da região Sul ressaltaram a importância da Sala de Crise para o compartilhamento da melhor informação disponível, auxiliando a atuação das equipes estaduais na preparação e na resposta para eventos críticos, como as inundações que vêm ocorrendo regionalmente.

A próxima reunião da Sala de Crise da Região Sul está inicialmente agendada para 26 de setembro, a partir das 10h, com transmissão ao vivo pelo canal da ANA no YouTube. No entanto, o encontro pode ser antecipado conforme o desenrolar da situação hidrometeorológica do Sul nos próximos dias.

Sala de Crise da Região Sul

Desde junho deste ano, a Sala de Crise da Região Sul passou a considerar a possibilidade de chuvas acima da média no Sul e, por isso, foram incluídos nas discussões atores relacionados à gestão de risco de inundações considerando o contexto do fenômeno El Niño, que historicamente ocasiona chuvas acima da média na região.

Considerando os potenciais efeitos do El Niño, a ANA estabeleceu Plano de Contingência, que tem, entre suas ações propostas, a manutenção da Sala de Crise da Região Sul em 2023, sendo que esse espaço foi criado em 2020 com foco na mitigação dos impactos da seca na região ainda provocados pelo fenômeno La Niña, registrado até o início de 2023.

Atuação da ANA em eventos hidrológicos críticos

Segundo a Lei nº 9.984/2000 , que criou a ANA, cabe à agência reguladora planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações. Essa atuação acontece no contexto do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e em articulação com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) – que integra a estrutura do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e é o órgão central do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – em apoio aos estados, Distrito Federal e municípios.

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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