Do bolo do Carlos ao motor de popa transformado para competições de bajola, o público que visita diariamente o Espaço Indústria na Expoacre do Juruá, que se encerra neste domingo, 3, encontra com o que de melhor cada empreendedor oferece.
A área de alimentos tem um cardápio de transformação com muita variedade. É possível tomar o tradicional café do Nauas – segunda indústria de torrefação de café do Acre (desde 1969) – e ao lado, degustar uma variedade de 60 sabores dos bolos feitos pelo grupo do empresário Carlos Augusto, no mercado há três anos.
O otimismo é de ponta a ponta, desde o empreendedorismo que exige um nível maior de automação até o cooperativismo, todos são unanimes em acreditar nos resultados da feira este ano. “Temos ampliado o número de empregados a partir de cada participação nossa na Expoacre”, disse o empresário Augusto.
A empresária Patrícia Parente afirmou que desde a edição da Expoacre em Rio Branco, que a indústria vem prospectando novos negócios. “Nossa carta de clientes só aumenta desde a nossa participação na Expoacre. Isso tem nos deixado muito otimistas”, acrescentou Parente.
A produção de farinha é outro setor em alta que não poderia deixar de estar presente na Expoacre Juruá. A variedade de sabores fabricados pelas cooperativas pertencentes a Central Juruá chama a atenção de quem passa no setor. O beiju é um dos produtos mais degustados.
Falando em variedades, 42 espécies de feijão estão expostas no estande da cooperativa Asamonia. O cultivo é feito por mais de mil produtores do município de Marechal Thaumaturgo, maior produtor de feijão do estado. Para o presidente da cooperativa, Ricardo Azevedo, “hoje o município tem uma referência no setor de alimentos. Aqui expomos o que Marechal tem de melhor”, afirmou.
Para o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, junto com o otimismo do setor empresarial, são registrados verdadeiros desafios. “Temos empresas totalmente consolidadas no mercado como o café Nauas, o Guaraná Cruzeiro e outros CNPJs, mas, existem também aquelas que buscam o selo de inspeção para agregar valor em seus produtos. Outros empreendedores querem estrutura para ampliar os negócios. Isso faz parte dos desafios do estado para melhorar o crescimento regional”, analisou Mesquita.
O coordenador da Seict no Juruá, Alcy Costa, afirmou que uma agenda de planejamento para a análise das ações estratégicas para o setor industrial do Juruá nos próximos anos “está sendo construída no diálogo e nos debates realizados durante os cinco dias de feira”, concluiu.
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