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Agronegócio brasileiro começa 2023 com superávit de US$ 8,69 bilhões

O milho foi o destaque nas exportações em janeiro deste ano, com alta de 166,5% no valor e 125,9% na quantidade

15/03/2023 18h23 Atualizada há 2 anos
Por: Sérgio Ferreira Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Agronegócio brasileiro começa 2023 com superávit de US$ 8,69 bilhões

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nota sobre o comércio exterior do agronegócio, com dados de janeiro de 2023. A balança comercial do agronegócio iniciou o ano com superávit de US$ 8,69 bilhões, bem acima do superávit de US$ 2,61 bilhões da balança comercial total (que considera produtos de todos os setores). O valor das exportações brasileiras bateu novo recorde: US$ 10,22 bilhões, com alta de 16,4% na comparação com janeiro do ano passado

Em janeiro de 2022, mês considerado típico de “entressafra” para o agronegócio na balança comercial, a soja impulsionou as exportações. Já em janeiro deste ano, os embarques foram liderados pelo milho, que registrou alta de 166,5% em valor e 125,9% em quantidade. Em termos de participação, o milho foi responsável por 17,3% do total exportado pelo setor – dos US$ 10,22 bilhões exportados pelo agronegócio no primeiro mês do ano, US$ 1,77 bilhão são referentes ao grão.

O Brasil é o terceiro maior exportador mundial de milho, atrás dos Estados Unidos e da Argentina. Graças à abertura do mercado chinês (que habilitou mais de 130 novas instalações exportadoras de milho no Brasil) e à queda da safra norte-americana, o Brasil pode aumentar sua participação em 2023. Apesar de ser a segunda maior produtora mundial de milho, a China depende do mercado internacional para consumo doméstico, e está em busca de novos fornecedores que possam substituir os Estados Unidos – maior fornecedor chinês do grão.

Além do milho, outros destaques no que diz respeito às exportações foram o açúcar, a carne de frango e a carne suína, com aumentos de 67,7%, 38,9% e 32,0% no valor, respectivamente. O trio, que apresentou significativa elevação na quantidade e no preço, em comparação com o mesmo período de 2022, representou 36,1% da pauta de exportação total do mês passado, junto com o milho.

O trigo continuou sendo o principal produto da pauta de importação brasileira, com alta de 13,2% em valor frente a janeiro de 2022, enquanto a quantidade importada caiu 12,3% no mesmo período. A importação de malte foi destaque em janeiro, com incremento de 37,6% e 9,4% no valor e na quantidade, respectivamente. Cabe destacar que, assim como o trigo, o Brasil é dependente da importação de malte e cevada – dois dos principais insumos para a produção de cerveja.

No acumulado dos últimos 12 meses, houve alta de 29,6% nas exportações e de 15,1% nas importações do agronegócio. Com isso, o saldo da balança comercial do setor aumentou para US$ 142,66 bilhões nesse período, desempenho mais que suficiente para compensar o déficit acumulado pelos demais setores (US$ 78,46 bilhões). Como resultado, o saldo total da balança comercial ficou positivo em US$ 64,19 bilhões

Apesar das adversidades climáticas previstas para este ano, as perspectivas para essa safra ainda são boas para o agronegócio brasileiro.  Mesmo com a revisão das estimativas do milho e da soja em decorrência dos problemas enfrentados no Sul do país, a produção será superior à safra anterior, com novo recorde de produção para a soja. “Com expectativa de boa produção no Brasil e de maior participação do milho brasileiro no mercado internacional, o agronegócio poderá fechar 2023 com contribuição ainda maior na balança comercial total do país”.

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Sobre O Agro Não Para com Sérgio Ferreira
Sérgio de Souza Ferreira Gestor Ambiental, técnico em agropecuária, nascido no estado de Rondônia, defensor do agronegócio principalmente na pecuária, membro do conselho deliberativo da Associação Rural de Rondônia e presidente do FEFA. Atualmente atuando na compra de bovinos para abate em empresa frigorífica, em Ji-Paraná
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