Em alusão ao Dia Mundial da Água, celebrado anualmente em 22 de março, o governo do Estado realizou o primeiro Circuito Ambiental de 2024, com o tema “A água nos une, o clima nos move”, na Escola Estadual Rural Ruy Azevedo, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago do Amapá, unidade de conservação gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Com o objetivo de conscientizar e sensibilizar os alunos sobre as práticas ambientais responsáveis e o apoio às políticas ambientais do Acre, a ação é uma parceria das secretarias estaduais do Meio Ambiente, de Educação (SEE), de Saúde (Sesacre) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, falou da importância das ações realizadas em escolas no sentido de conscientizar a comunidade acadêmica, em especial sobre a importância da conservação dos recursos hídricos. Ela ressaltou, ainda, que levar conhecimento e mostrar às pessoas que a APA é importante, bem como a preservação dela, é essencial para o futuro da sociedade como um todo.
“A Escola Rural Ruy Azevedo é uma das poucas do Brasil que fica dentro de uma APA. A APA Lago do Amapá é gerida pela Sema, através do Núcleo de Gestão da Área de Proteção Ambiental Lago do Amapá (Nugap). São 5.208 hectares no total. Levar informação aos moradores, aos estudantes, é de extrema importância. Essa APA faz parte de um dos principais mananciais de recursos hídricos do estado e é de fundamental importância na gestão hídrica”, afirmou.
Dentre as atividades que mais chamaram a atenção, os óculos de realidade virtual, usados para fazer um tour no Rio Acre, mostram a situação em que o manancial ficou frente à cheia deste ano. A ação objetiva conscientizar e sensibilizar alunos sobre a cheia que 19 municípios do Acre enfrentaram.
Havia também o tapete com o Jogo Caminhando Pelo Acre, uma brincadeira com perguntas e respostas sobre o estado.
A equipe da Sesacre apresentou como atividade o ciclo de vida do Aedes Aegypti, com a utilização de microscópio, onde é possível mostrar o ovo, larva, pupa (estágio intermediário entre a larva e o adulto) e também orientações de saúde bucal, com o foco em não desperdiçar água.
Durante a atividade, os alunos passaram pelo flanelógrafo (instrumento que possibilita falar de forma lúdica sobre biodiversidade e ciclo da água), sala de imagens, jogos ambientais e educativos, como o Vila da Farinha, uma doação da Embrapa para ser usado nas atividades de educação ambiental da Sema, e sessão de realidade virtual.
A coordenadora de ensino da escola, professora Leila Araújo, falou da necessidade de realizar ações como essas nas escolas, no sentido de chegar até os alunos, que depois difundem o que aprendem no ambiente escolar em casa.
“Temos um projeto onde levamos conhecimento para os nossos alunos sobre a APA e a importância de preservar esse lugar e, principalmente, para que eles possam ter essa compreensão de que a comunidade em que a nossa escola está inserida está dentro da APA. Todos nós somos responsáveis por manter esse ambiente limpo, por estar plantando, por estar fazendo até mesmo denúncias quando vemos que algo não está correto. Trabalhar a gestão dos recursos hídricos, por meio do Circuito Ambiental, só vem a somar ao conhecimento aos nossos alunos”, falou.
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