“Este programa não é nosso, mas da sociedade. Precisamos de atuações como esta para, cada vez mais, fortalecer as redes de proteção das mulheres no estado”. Foi com estas palavras que a coordenadora do Programa de Extensão Mulheres da Amazônia, Fabiana Chaves, definiu as ações realizadas pelo projeto nos 22 municípios acreanos. Os resultados da primeira etapa foram apresentados no Teatro Adriana Santelly, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, nesta sexta-feira, 1. O evento contou com a participação de representantes das secretarias de Estado da Mulher (Semulher) e de Educação (SEE), além da sociedade civil organizada.
O projeto, iniciado em fevereiro deste ano, é uma realização da Ufac, por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proex), e, nesta primeira etapa, foi executado em parceria com a Semulher, a SEE, o Conselho Estadual de Políticas para as Mulheres (Cedim), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Acre (Crea), prefeituras e movimentos de mulheres.
Além disso, o programa Mulheres da Amazônia tem como objetivo promover a educação popular pela extensão universitária, com oficinas de capacitação para conselhos municipais de direitos da mulher, organismos de políticas públicas para mulheres (OPMs) e redes de apoio a mulheres em situação de violência em todos os municípios acreanas.
A diretora de Políticas para as Mulheres da Semulher, Silvia Aletícia Oliveira, reiterou que muitas meninas e mulheres ainda vivem em situação de violência. “Sabemos que esse problema só será erradicado – ou pelo menos minimizado, como vimos com a redução de 42,9% na taxa de feminicídios – com ações como esta”, disse.
A chefe do Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Participação Política da Semulher, Neuda Muniz, reforçou que os resultados já começaram a tomar forma, e relembrou que a equipe foi bem acolhida nos municípios.
“Os municípios têm outra forma de trabalhar, que é a transversalização, que abrange todas as faixas do Executivo municipal, e assumiram o compromisso da responsabilidade de implementar políticas públicas para as mulheres. Todos os municípios, com exceção da nossa capital, Rio Branco, pactuaram a criação do Comitê Gestor de Políticas para as Mulheres”, afirmou Neuda.
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